segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Senador Luiz Henrique defende mais investimentos em tecnologia

   Ao citar projeção da consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) de que até 2030 o Brasil vai se tornar a quarta maior economia do mundo, ultrapassando países como Alemanha, França, Reino Unido e Japão, Luiz Henrique (PMDB-SC) alertou para a necessidade de mais investimentos em tecnologia e inovação.   Atualmente, o país ocupa a sétima posição.

   Para a EIU, a economia brasileira deixará para trás as dos quatro países desenvolvidos, mas será ultrapassada pela indiana.   Segundo o estudo, o Brasil crescerá 3,9% por ano, em média, contra 6,6% da Índia e 5,7% da China.

   — Por que nós vamos crescer 3,9% e não os mesmos 6,6% da Índia?   Porque permanecemos com uma baixa taxa de investimento.   O Brasil investe de 17% a 18% de seu PIB, enquanto a China investe 40%, e a Índia, mais de 30%.   Para sustentar o crescimento dessa nação, é preciso que nós atinjamos no mínimo uma taxa de investimento público e privado de 25% — argumentou o parlamentar.

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Senador(es) Relacionado(s):
Luiz Henrique

Fonte: Senado Federal - Jornal do Senado


 

Professor pode ter reajuste igual ao dos senadores

    Projeto de Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Simon (PMDB-RS) que estende ao piso nacional dos salários dos professores o mesmo reajuste concedido aos senadores deve ser votado amanhã pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

   A relatora, Ana Rita (PT-ES), propõe mudanças no projeto original (PLS 325/10), com solução que considera mais compatível com a capacidade financeira de estados e municípios.   A decisão caberá à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

   Além do reajuste previsto em lei com base na variação do valor mínimo anual por aluno, o piso deve incorporar, a partir de 2012, adicional de um quarto do percentual do aumento dos senadores em 2011, de 61,78%.   O acréscimo seria mantido até o piso chegar ao dobro do valor real de 2009, que era de R$ 950.

   O projeto original concede o já previsto percentual de aumento do valor mínimo por aluno, mas prevalecendo, se maior, o reajuste concedido no mesmo período aos senadores.

   Já em 2011, os professores receberiam os 61,78% pagos aos senadores.   Assim, o piso de 2010, de R$ 1.024, saltaria para R$ 1.656,62. Decreto federal fixou o piso deste ano em R$ 1.181,34, desde 1º de janeiro.

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Senador(es) Relacionado(s):
Ana Rita
Cristovam Buarque
Pedro Simon
Fonte: Senado Federal - Jornal do Senado

sábado, 27 de agosto de 2011

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil

   O Brasil encontra-se neste momento na maior fase de crescimento económico e humano da sua história. O mais importante motor desse desenvolvimento é a indústria da construção.  Grandes obras de Engenharia Civil estão planeadas para os próximos anos no Brasil, algumas das quais de grande dimensão e complexidade.


   Ao longo de uma série de artigos iremos apresentar algumas das mais importantes obras de engenharia civil que se vão realizar no Brasil.   No entanto é também importante conhecer as realizações passadas da engenharia civil brasileira, conhecida em todo mundo pela sua proficiência técnica e capacidade de optimização e por ter sido responsável por algumas das mais importantes obras de Engenharia Civil da América do Sul.   Apresentam-se a seguir três exemplos da excelência técnica da engenharia civil no Brasil.

A Maior Barragem do Brasil – Complexo Hidroeléctrico de Itaipu
   O Complexo Hidroeléctrico de Itaipu está localizado no Rio Paraná.   A sua construção foi resultado de uma parceria entre o Brasil e o Paraguai e continua a ser uma das maiores barragens do mundo.   Tem uma potência geradora de cerca de 14 mil MW, 20 unidades de geração de energia eléctrica e fornece uma parte muito significativa da energia eléctrica consumida em ambos os países.   A sua construção implicou o uso de 13 milhões de m3 de betão e a intervenção de cerca de 40 mil operários.

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil

O Edifício Mais Alto do Brasil – Mirante do Vale
   O edifício mais alto do Brasil continua a ser o Mirante do Vale.   Este arranha-céus foi construído em São Paulo durante a década de sessenta e tem uma altura de cerca de 170 metros.   Localizado no Vale do Anhangabaú, demorou 6 anos a ser construído, sendo uma obra absolutamente inovadora na época.   Possui algumas características bastante peculiares para um edifício desta altura, nomeadamente o facto de a sua estrutura ser constituída quase inteiramente por betão armado ao invés da crescente tendência do uso combinado aço e betão, em estrutura mista.

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil

A Maior Ponte do Brasil – Ponte Rio-Niterói
   Localizada na baía Guanabara, no estado do Rio de Janeiro a ponte Rio-Niterói liga a cidade do Rio de Janeiro e Niterói.   É uma das maiores pontes rodoviárias do mundo medindo cerca de 13 km, dos quais quase 9 km sobre água.   A sua construção ficou concluída em 1974, sendo estruturalmente constituída por betão armado pré-esforçado.

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
 
Fonte: Engenhariacivil.com

Análise Experimental de Estruturas de Betão

Análise Experimental de Estruturas de Betão

   A análise experimental ocupa um lugar primordial na investigação em geral e em particular na engenharia estrutural, para o estudo do comportamento das estruturas e avaliação e implementação da sua segurança.   Nas estruturas de betão, o estudo do esforço transverso, pré-esforço e do comportamento de lajes, entre outros, são essenciais para a compreensão e correcto dimensionamento de estruturas de betão.

   Toda a inovação tem que ser apoiada na experimentação.   Assim aconteceu no estudo do comportamento do betão armado, para a definição das relações entre os dois materiais e na descoberta das leis que os regem.   No betão pré-esforçado também a experimentação antecedeu a teorização.
A experimentação proporciona o conhecimento dos fenómenos estruturais pela investigação aplicada de determinados problemas e valida os métodos de cálculo, fornecendo informações que permitem o julgamento da segurança da estrutura e sugerindo modificações a aplicar em edificações futuras.

   Especialmente nos casos em que são difíceis de definir critérios de dimensionamento, condições de ligação ou efeitos da interacção entre os materiais constituintes da peça, bem como no desvendar dos aspectos oclusos da tecnologia, o método experimental será sempre soberano, já que revela com maior justeza a acção de todos os parâmetros envolvidos através da visão directa dos fenómenos estruturais.

Análise Experimental de Estruturas de Betão

   Nesse sentido não poderá ser considerado apenas como um complemento dos métodos teóricos de análise mas antes como um método essencial e indispensável na engenharia estrutural.

   Tem também virtudes pedagógicas uma vez que utiliza modelos mais descritíveis e por isso com maior impacto para o ensino.

   Na simulação de um comportamento físico através de um modelo matemático há sempre situações que não podem ser reproduzidas.   A aplicação destes modelos envolve, também, uma correcta quantificação de um número substancialmente elevado de parâmetros característicos dos materiais, que só é possível pela via da experimentação.   A eficácia do modelo passa necessariamente pela comprovação experimental, único meio de verificar se o comportamento simulado corresponde efectivamente ao comportamento real.

   Nas últimas décadas, a evolução da tecnologia da experimentação e o recurso a capacidades incrementadas da computação digital, possibilitou a interface entre os ensaios experimentais e a sua simulação através de modelos numéricos de análise.

   Actualmente verifica-se uma complementaridade cada vez maior entre as duas vias, experimental e numérica.   Os ensaios experimentais permitem aferir as simulações numéricas.

   Os resultados numéricos, por sua vez, servem de controlo aos obtidos na experimentação, denunciando eventuais erros decorrentes das limitações próprias da instrumentação ou de deficientes condições de realização do ensaio. Os modelos numéricos permitem, uma vez aferidos com os modelos experimentais, uma experimentação numérica mais versátil e económica.

   A experimentação tem sido largamente utilizada na Engenharia das Estruturas, nomeadamente:
  • Na aferição de normas regulamentares e de modelos teóricos de análise e na observação de comportamentos impossíveis de modelar numericamente;
  • Na caracterização das leis de comportamento dos materiais;
  • No controlo do comportamento ao longo do tempo de estruturas de grandes dimensões, tais como barragens, pontes, etc.;
  • Na observação do comportamento das estruturas, na verificação da eficiência de novos sistemas construtivos e na avaliação da capacidade resistente de estruturas degradadas;
  • No apoio ao ensino, pela verificação do comportamento de estruturas conhecidas;
  • Em estruturas de geometria irregular ou com condições de apoio ou solicitações não usuais;
  • No estudo da deterioração das estruturas recorrendo a um envelhecimento artificial através de métodos de aceleração dos efeitos agressivos em laboratório.
   No estudo do comportamento de estruturas interessa fundamentalmente analisar os fenómenos físicos que originam alterações do seu estado de tensão e de deformação resultantes da aplicação de solicitações directas ou de fenómenos de coacção.   Esse estudo é por vezes mais facilmente conduzido através da análise do comportamento de sistemas mecânicos semelhantes, designados genericamente por modelos.

   Um modelo de uma estrutura ou de um elemento estrutural é, portanto, uma representação física semelhante, na qual é possível estabelecer uma correspondência entre determinadas grandezas em pontos homólogos do modelo e da estrutura.

Análise Experimental de Estruturas de Betão

   A experimentação em modelos estruturais engloba não só os ensaios em estruturas em tamanho natural, mas também as aplicações à escala reduzida, já que os resultados aí obtidos poderão ser extrapolados ao comportamento de outras estruturas, de diferentes dimensões ou construídas em diferentes materiais, por aplicação das relações de escala e de semelhança.

   Dos tipos de estruturas que poderão requerer uma análise por meio de um modelo físico destacam-se, entre outros:
  • Estruturas ou zonas de estruturas de geometria ou com condições de apoio e de solicitação não usuais;
  • Estruturas cujos materiais constituintes têm comportamento difícil de modelar analiticamente;
  • Estruturas de grandes dimensões submetidas a acções dinâmicas;
  • Estruturas para as quais as consequências de uma rotura seriam tão graves que se justifica uma confirmação do seu estudo analítico.
   A experimentação em modelos físicos e a modelação matemática devem ser complementares.   Os modelos experimentais aferem os modelos matemáticos, definindo o seu campo de aplicação e validando as hipóteses teóricas em que se baseou a sua formulação.   Os modelos analíticos, suficientemente aproximados, serão certamente utilizados preferencialmente aos modelos físicos, pela sua mais fácil aplicação e rapidez na obtenção dos resultados.   A análise computacional tende a reduzir os seus custos económicos e a aumentar as suas capacidades, do que resultará uma redução do campo de aplicação dos modelos experimentais no dimensionamento estrutural.

Autor: Ana Maria Sarmento Teixeira Bastos
Excerto Adaptado
Imagens: Australian Concrete Technologies, University of Toronto, Maine Department of Transportation

Fonte: engenhariacivil.com

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MSFexpande suas atividades na Somália

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                                                                                                                                 © Feisal Omar
23 de agosto de 2011– Nas últimas semanas, equipes da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Somália vêm tentando expandir suas operações no país, apesar da violência constante na capital e de outras restrições. Como o número de crianças desnutridas continua aumentando, fica cada vez mais evidente a necessidade de mais assistência para a população somali, extremamente vulnerável após duas décadas sem acesso à saúde.Até o momento, 8.135 crianças estão inscritas em programas nutricionais de MSF na Somália; 561 delas estão com desnutrição severa e precisam ser hospitalizadas para receber cuidados intensivos. MSF está tentando reduzir a mortalidade de crianças desnutridas, pedindo às comunidades que identifiquem pacientes que necessitam de assistência, os estabilizem e ofereçam alimentação terapêutica aos que precisam. As crianças que necessitam de cuidados constantes são encaminhadas para os Centros de Nutrição Intensiva (ITFC, na sigla em inglês).
Em Mogadíscio, capital do país, a organização abriu recentemente um ITFC com capacidade para 60 leitos, no qual 50 crianças com desnutrição estão internadas atualmente. Ao mesmo tempo, equipes móveis atendem populações negligenciadas que procuraram abrigo em acampamentos no interior e ao redor da cidade.
Desde o dia 8 de agosto, equipes médicas vacinaram mais de 11 mil crianças contra sarampo, para reduzir o risco de uma epidemia. MSF também está monitorando de perto a evolução de um surto de cólera na cidade e nos acampamentos, e abriu um Centro de Tratamento de Cólera (CTC) no centro de Mogadíscio com 50 leitos.
Na região centro-sul da Somália, desde o dia 18 de agosto, MSF internou 342 crianças com desnutrição severa em centros de tratamento intensivo em Marere, Dinsor, Beletweyne, Afgoye, Jowhar e Guriel. Equipes móveis oferecem apoio nutricional nos arredores de Marere e Guriel para populações deslocadas.

No entanto, apesar destes esforços, a organização ainda não consegue ter uma imagem clara da situação nutricional geral nesta parte do país. Equipes de MSF continuam as negociações para ter acesso a mais regiões da Somália.

Também desde o dia 18 de agosto, na região norte da Somália, 192 crianças foram internadas em Centros de Nutrição Terapêutica ao norte e ao sul de Galcayo. Segundo Duncan McLean, coordenador de operações na Somália, “apesar de não haver dúvidas de que a situação é crítica, as avaliações de MSF são bastante parciais, pois estão limitadas às áreas de atividade da organização”.

MSF é um dos maiores provedores de assistência médica na Somália, há duas décadas. Atualmente, a organização tem 13 projetos em oito regiões do país. Apesar das dificuldades, MSF continua sendo uma das poucas organizações que conduzem atividades médicas e apóiam centros de saúde em algumas comunidades da região centro-sul da Somália.
MSF está na Somália desde 1991. Atualmente, a organização oferece assistência médica gratuita em oito regiões no sul do país. Mais de 1,4 mil profissionais somalis, com apoio de aproximadamente 100 profissionais estrangeiros em Nairóbi, oferecem cuidados primários, cirurgias, tratamento contra desnutrição, assistência médica e apoio a populações deslocadas, além de distribuir água e suprimentos em nove locais na região centro-sul da Somália. MSF ainda oferece cuidados médicos aos refugiados somalis nos acampamentos de Dagahaley e Ifo, no Quênia, e Liben, na Etiópia.


Fonte: http://www.msf.org.br/

Quase todos os hospitais de Trípoli estão recebendo feridos

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26 de Agosto de 2011- Uma equipe de três pessoas da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está atualmente em Trípoli, com suprimentos para dar apoio a instalações médicas, já sobrecarregadas com o grande volume de feridos nos confrontos na capital da Líbia. A organização também enviou equipes para Zlitan, leste de Trípoli, e Al Zawiyah, oeste, para dar apoio a hospitais que sofrem para atender um grande volume de pacientes. Jonathan Whittall, coordenador do projeto de MSF em Trípoli, descreve a situação na cidade.

Como está a situação no momento?
Jonathan Whittall- O grande problema das instalações médicas de Trípoli é que elas já estavam sobrecarregadas mesmo antes do início dos conflitos essa semana. Os hospitais já estavam sofrendo com a falta de equipes médicas – muitos desses profissionais eram estrangeiros que fugiram da Líbia. E devido às sanções impostas ao país, os hospitais tinham que lidar com a escassez de suprimentos médicos. O sistema de saúde já estava com dificuldade para lidar com os feridos vindos da frente de batalha fora de Trípoli.

Nas últimas três semanas, equipes médicas estão concentrando suas atividades quase que exclusivamente em casos de emergência, e não foram capazes de lidar com outros problemas médicos enfrentados pela população, como doenças crônicas, cesarianas de emergência, entre outras. Outros tipos de cuidados médicos simplesmente não estão disponíveis. E isso, somado aos confrontos dessa semana em Trípoli – que estão sendo muito intensos em algumas partes da cidade – faz com que a situação dos hospitais, que já estavam sobrecarregados e que não estão recebendo o apoio que precisam, em termos de equipes e materiais, fique ainda pior, pois há um fluxo ainda maior de feridos.

Qual é a situação nos hospitais que você já conseguiu avaliar?
Whittall- Quase todos os hospitais da cidade estão recebendo feridos, mas o conflito ainda deixa alguns hospitais inacessíveis, o que faz com que outros fiquem sobrecarregados. Agora que a cidade está ficando um pouco mais calma, os hospitais estão começando a receber pacientes que estavam isolados pelo conflito. Essas pessoas não são apenas os que recentemente foram feridos nos confrontos, mas também doentes, que estavam com medo de se deslocar até o hospital, e outros casos de emergência.

Os hospitais que visitei desde o início do conflito são cenários bastante caóticos. Médicos e enfermeiros não conseguem ir ao trabalho por causa da grande insegurança nas ruas. Há falta de profissionais de saúde, mas muitas pessoas se voluntariam, vão aos hospitais e ajudam da maneira que podem. Mas isso está gerando um ambiente muito caótico.

Os hospitais e clínicas que visitei estão cheios de pessoas com ferimentos a bala, tanto nas emergências quanto em outros departamentos. Em uma clínica, as equipes transformaram algumas casas próximas em locais para internar pacientes. Por exemplo, em uma das casas que visitei, os pacientes estavam deitados no chão e em mesas que haviam formado um ambulatório improvisado. No entanto, devido à falta de equipes médicas, não havia enfermeiros, e os pacientes estavam cuidando deles mesmos. Em outro hospital, pessoas esperavam do lado de fora do prédio para entrar na ala de emergência.

Existem outros obstáculos à assistência médica além dos conflitos?
Whittall- Um problema para os serviços de ambulâncias na cidade é a falta de combustíveis em Trípoli. O abastecimento com combustível vindo da Tunísia ainda não é possível. Essa é uma grande preocupação, pois o suprimento de energia é esporádico e os hospitais dependem de geradores para funcionar, mas as reservas de combustível estão acabando.  
Como MSF está respondendo à situação?

A situação médica exige uma resposta muito rápida, e é por isso que estamos trazendo mais equipes e materiais. Mais profissionais e suprimentos chegaram e outros chegarão amanhã. Vamos começar a apoiar instalações médicas imediatamente. Hoje, os conflitos continuam acontecendo em várias partes da cidade, e com certeza isso terá um impacto nas necessidades médicas.
As instalações médicas estão sobrecarregadas, mas isso não quer dizer que elas não estejam funcionando, ou que o sistema de saúde tenha entrado em colapso. Os profissionais estão cuidando dos feridos e respondendo às demandas da comunidade, mas estão, obviamente, se deparando com enormes desafios. Não é uma questão de competência ou disposição: eles precisam de apoio para poder atender melhor as necessidades urgentes e alarmantes que chegam aos hospitais.


Houve alguma melhora na intensidade dos conflitos?
Whittall- No momento, as coisas estão mais calmas. Há três dias eu não conseguia falar no telefone devido aos tiroteios e bombardeios constantes. Hoje já posso falar sem ter que me esconder atrás de paredes.

A situação é muito dinâmica, as coisas acontecem muito rapidamente. É impossível descrever o quanto a cidade mudou – e continua mudando – em tão pouco tempo. Precisamos ficar extremamente atentos sobre o modo como as coisas vão caminhar nos próximos dias.

Em um dos hospitais que não pudemos acessar devido aos conflitos, ouvimos relatos de uma situação crítica envolvendo pacientes que não recebem ajuda médica porque as equipes médicas não conseguem chegar ao hospital, já que muitos confrontos ocorrem ao redor do prédio. É essencial que os hospitais estejam operando normalmente, acessíveis a todos os pacientes, ainda mais nos próximos dias. Os profissionais precisam chegar aos hospitais, cuja integridade deve ser respeitada por combatentes de ambos os lados do conflito.


Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que está presente na Líbia desde o dia 25 de fevereiro de 2011. Para garantir a independência de suas atividades médicas, a organização aceita apenas doações privadas para financiar seus projetos na Líbia, sem utilizar verbas de governos, agências ou quaisquer grupos com afiliações militares ou políticas. Atualmente, a equipe de MSF no país conta com 44 profissionais do país e 30 internacionais, incluindo brasileiros, que oferecem cuidados médicos e assistência psicológica, realizam cirurgias e dão apoio a farmácias nas cidades de Trípoli, Misrata, Zlitan, Yefren e Benghazi. 
 
Médicos Sem Fronteiras 

Gabrielli diz que produção de petróleo vai triplicar até 2020

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   O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, deu uma boa notícia nesta quarta-feira (24).   Durante audiência pública conjunta da Comissão de Assuntos Econômicos e da Comissão de Infraestrutura, Gabrielli afirmou que a produção da Petrobras e de suas concessionárias deve triplicar na próxima década.   A estimativa é de que os dois milhões de barris produzidos atualmente passem dos três milhões em 2015 e cheguem a seis milhões em 2020.

   - Sei que o tema em questão é a divisão dos royalties do petróleo, mas não há como falar de royalties, sem falar de produção - avisou.

   O aumento da produção, enfatizou o presidente da Petrobras, vem acompanhado do aumento nos repasses de recursos aos estados.   Pelos cálculos da estatal, os R$ 20 bilhões repassados atualmente devem chegar a R$ 45 bilhões em 2020.

   Esses recursos continuarão sendo divididos segundo as regras atuais de distribuição nas unidades da federação.   Por elas, cinco estados recebem uma fatia maior dos recursos, por meio de royalties e participações especiais (pagamento cobrado sobre campos de alta produtividade).   São eles Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte e Amazonas. Em 2010, os cinco receberam juntos R$ 9,8 bilhões.

   Entre esses estados, o Rio de Janeiro, por ser o maior produtor, é o que recebe mais.   Sozinho, soma 69,25% dos royalties estaduais, e seus municípios recebem 67,98% dos royalties municipais.   O estado fluminense também é o maior receptor de participações especiais: 95% do total.

   A divisão deve continuar, explicou Sérgio Gabrielli, porque consta dos contratos firmados pela União até hoje, na forma de concessão.   Esses contratos não entrariam na discussão sobre novas regras de distribuição de recursos porque não poderiam mais ser mexidos.   As alterações previstas pelo governo - de explorar petróleo pelo regime de partilha e não mais de concessão - valem apenas para os novos contratos, principalmente os previstos para novas reservas de pré-sal.   Seria a distribuição dos royalties desses novos contratos que estaria em discussão no Congresso agora.

   A informação foi comemorada pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).   Para a senadora, a garantia de que os estados onde há exploração de petróleo passarão a receber ainda mais recursos por meio do aumento de lucro dos contratos já existentes fortalece o argumento em favor de uma divisão mais igualitária dos royalties dos pré-sal ainda a ser explorado. 

Partilha x Concessão

   Senador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP) voltou a questionar a decisão do governo de mudar o regime dos contratos de exploração de petróleo.   Para ele, a partilha não seria lucrativa para os estados, mas apenas para a União.   Seu estado, estimou, deverá deixar de ganhar cerca de R$ 10 bilhões por ano com a mudança de regras.

   O presidente da Petrobras disse que a mudança será positiva para o país.   Na concessão, continuou, a empresa interessada tem de pagar à União um bônus antecipado, calculado a partir de uma estimativa de lucro futuro daquele campo petrolífero.   Se a exploração não der resultado, ainda assim a União terá recebido sua parte.   Mas, se houver resultado, a União não receberá novos pagamentos.   Este regime seria adequado para negócios de alto risco - como no caso da média mundial de exploração de petróleo em que, de cada quatro poços furados, só em um é encontrado petróleo.

   No Brasil, destacou Gabrielli, a média de sucesso de novos poços é de 87%, o que elimina o risco do negócio.   Assim, disse, será mais lucrativo para a União autorizar a exploração por meio do regime de partilha, em que a empresa repassa ao governo um percentual definido de seu lucro líquido, seja ele qual for.

   Como as apostas do pré-sal são de lucro certo e cada vez maiores, aumentam também as receitas da União.

   - Para o governo, dono da riqueza, é melhor a partilha do que a concessão.   Concessão é bom no momento em que é preciso se capitalizar.   Não é o quadro atual, Petrobras está capitalizada.   Agora, com a economia estável e o país crescendo, o melhor é dividir os lucros - argumentou o presidente da Petrobras.

Fonte: Senado Federal - Agência Senado

Brasil terá mais presídios, anuncia ministro da Justiça

[O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e senador Eduardo Braga (PMDB-AM).]
 
   Um plano de ampliação e modernização do sistema prisional brasileiro deverá ser anunciado em setembro pelo governo federal, conforme adiantou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em depoimento nesta quinta-feira (25) na Comissão Temporária de Segurança Pública do Senado.

   Considerado "bastante ousado" pelo ministro, o plano deverá prever a aplicação de R$ 1 bilhão no aumento do número de vagas em presídios em todo o país. Também deverão ser contempladas medidas que visem proporcionar a reinserção social dos presos, ao fim do cumprimento das penas.

   - Gostaríamos de anunciar a construção de creches e escolas, mas não podemos mais conviver com a realidade cruel do sistema prisional do país - afirmou Cardozo aos senadores. 

Integração

   O plano de melhoria dos presídios, segundo o ministro da Justiça, será executado em sintonia com outras ações que buscam a integração de esforços entre governos federal, estaduais e municipais.   Ele atribuiu à desarticulação institucional entre as três esferas grande parte dos problemas de segurança pública.

   O mais grave, conforme José Eduardo Cardozo, é que essa desarticulação está presente em uma mesma esfera, como é o caso da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, no âmbito da União.   A desarticulação, acrescentou, se reproduz em nível estadual, em que as polícias militares e civis chegam a agir em conflito.

   - Não pode o mesmo corpo andar em desarticulação dos pés, pernas, braços e mente - afirmou. 

Informações

   Outro desafio às ações na área de segurança, conforme o ministro, é a ausência de informações e dados confiáveis.   Ele deu o exemplo do Mapa da Violência, um diagnóstico sobre homicídios no Brasil elaborado pelo Instituto Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça.

   Os dados da edição de 2011 desse mapa, recolhidos dos arquivos do Sistema Único de Saúde (SUS), referem-se ao ano de 2008 - portanto, com três anos de defasagem.

   Em muitos estados, acrescentou, a situação da criminalidade de hoje é totalmente diferente de três anos atrás e, portanto, as ações do governo não se baseiam na realidade.

   - Onde vamos alocar os recursos, se não temos informações, dados e estatísticas sobre a evolução do problema? - indagou.

   Para resolver o problema, José Eduardo Cardozo anunciou a criação de um programa nacional de informações e estatísticas na área de segurança pública.   A notificação dos casos, para alimentação desse sistema nacional, será compulsória.   O estado que não colaborar poderá ser excluído das verbas do Plano Nacional de Segurança Pública.

Treinamento

   Outro problema que Cardozo disse pretender enfrentar com a integração é a falta de treinamento das polícias para conduzir investigações nos inquéritos sobre homicídios.   Ele citou o caso de Alagoas, que tem 6 mil inquéritos parados há anos, sem nenhuma perspectiva de solução dos respectivos crimes.

   Um dos instrumentos para isso, conforme o ministro, poderá ser o treinamento dos policiais e a elaboração de um manual de rotinas de investigação, que deverá ser adotado pelas polícias.

   - É preciso treinar, padronizar os procedimentos e dar suporte às ações de segurança pública - observou.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) apoiou o esforço em favor da integração na área de segurança
públicas, mas fez um alerta: é preciso definir claramente, na Constituição federal, os papeis das polícias e da própria União no assunto.

   A audiência pública Comissão Temporária de Segurança Pública foi presidida pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Fonte: Senado Federal - Agência Senado

Aecom vence concurso para o plano geral do Parque Olímpico do Rio de Janeiro

   O projeto do arquiteto britânico Bill Hanway, em parceria com Daniel Gusmão, da filial brasileira da Aecom, foi anunciado vencedor do concurso internacional para o Plano Diretor do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O escritório recebe prêmio de R$ 100 mil.

   O resultado foi divulgado pelo presidente do departamento fluminense do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Sérgio Magalhães, e pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.


   O projeto deveria indicar a localização e volumetria de prédios e arenas destinados às competições esportivas, bem como os espaços reservados para praças, ruas e jardins.   Além disso, deveria sugerir volumetria para os futuros empreendimentos imobiliários a serem construídos na área.   O plano também contempla duas mil vagas de estacionamentos destinadas a veículos das comitivas oficiais, prestadores de serviços e patrocinadores.   A concurso ainda tinha como premissa o desenvolvimento de um plano para evitar o escoamento de detritos para a Lagoa de Marapendi durante períodos de chuva.

Vencedores:

Primeiro Colocado - AECOM
   A partir de uma "Via Olímpica", o projeto se estende por todo o terreno até chegar à outra ponta, onde haverá uma praça pública para 25 mil pessoas assistirem a transmissão de jogos. Cinco "vilas" - diversidade, beleza, sustento, saúde e ambiente -, serão distribuídas pelos espaços ao lado das curvas da via, para que o público possa descansar e se entreter longe do fluxo principal de pessoas. Haverá também um parque linear à beira da lagoa de Jacarepaguá.

Divulgação: IAB-RJ
Vista aérea do parque olímpico

   "Todos os principais locais são diretamente e claramente visíveis do saguão principal e implantados dentro de uma configuração espacial compacta, com uma presença forte ao nível do solo, localizados de forma que o cronograma esperado dos jogos possa prosseguir sem que a área comum fique superlotada", diz o memorial.

   O Centro Olímpico de Treinamento (COT) permanecerá após os jogos.   O COT ocupará, no mínimo, 25% da área do parque e deve abrigar espaços para a prática de 12 esportes olímpicos.   Segundo o memorial, o COT "será um marco arquitetônico com um legado Olímpico único, mas, em primeiro lugar, será um centro de excelência esportiva onde os atletas e as equipes poderão desenvolver seu talento".

   O COT se tornará o coração do novo projeto urbano, que, segundo o escritório, se transformará em um ambiente urbano compacto construído em torno de uma rede de ruas e espaços abertos, abrigando espaços de moradia, trabalho e lazer.   "Pretendemos garantir que o desenvolvimento do Legado traga benefícios de longo alcance para a vizinhança imediata do Parque e se integre ao ambiente natural constituído pelas montanhas e pela lagoa".

Divulgação: IAB-RJ

Divulgação: IAB-RJ

Divulgação: IAB-RJ

Equipe:
Bill Hanway: Responsável - Arquitetura / Masterplan
Daniel Gusmão: Autor do Projeto - Arquitetura / Masterplan
Jonathan Rose: Arquitetura / Masterplan
Joaquim Pujol: Arquitetura de Esportes Aquáticos
Sam Wright: Arquitetura - COT Halls
Andrew Jones: Coordenação Geral - Planejamento/ Masterplan
Graham Goymour: Coordenador de Desenho Urbano
Ken Carmichael: Coordenador de Infraestrutura
Keyvan Rahmatabadi: Planejamento de Transporte
Stefan Hiller: Consultor COT

Segundo Colocado - Grupo "Aquele Abraço" - Estados Unidos


Divulgação

Arquiteto Responsável: Ron Turner
Empresa líder: Gensler and Associates International
Autores: Ron Turner, Gerdo Aquino, Antonio Paulo Cordeiro, Miguel Pinto Guimarães, John Leys
Equipe Mínima: Ron Turner, Antonio Paulo Cordeiro, Gerdo Aquino Demais integrantes: Mark R. Merkelbach, Randy Schulze, Vicente del Rio

Terceiro colocado - Risco, Projectistas e Consultores de Design, S.A. - Portugal



Divulgação
Arquiteto Responsável: Tomás Almeida Fernades Salgado
Autor: Tomás Almeida Fernandes Salgado
Equipe Mínima: Tomás Almeida Fernandes Salgado, Nuno José Ribeiro Lourenço da Fonseca, Manuel Grade Ribeiro

Primeira, segunda e terceira menções honrosas no conteúdo da aU.

Fonte: aU
Maurício Lima














Projeto de Lei regulamenta construção de postos de combustível para todo o País

Marcelo Scandaroli
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 866/11, de autoria do deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC), que regulamenta a construção e a reforma de postos de combustível de forma nacional, alterando as leis atuais, que são municipais.

De acordo com o documento, os projetos de construção dos postos deverão ser realizados segundo normas expedidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), pelo Corpo de Bombeiros, pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e pelas respectivas prefeituras, órgãos ambientais e de segurança pública.

Segundo o PL, a menor distância entre postos no perímetro urbano deve ser de 2 km, enquanto que na estrada, a distância deverá ser de 10 km. Segundo o texto, essa distância deve-se ao "adensamento de estocagem de combustível observado no subsolo dos conglomerados urbanos e rodovias, e do risco potencial de explosões simultâneas e concentração de danos ambientais aos recursos hídricos superficiais e subterrâneos".

Nas áreas urbanas, ainda é necessário que o posto esteja a 500 m de áreas como escolas, quadras esportivas e hospitais e a 200 m de túneis, pontes e viadutos. O terreno em áreas urbanas deverá ser de, no mínimo, 1.000 m² e, em rodovias, de 5 mil m².
Segundo Agostini, "toda instalação e sistema de armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais, o que gera uma grande necessidade de regulação por parte do poder público".

Se aprovado, o PL passa a valer apenas para novas construções. De acordo com a proposta, os postos revendedores de combustíveis já existentes, que eventualmente necessitem de reforma e ampliação, estão liberados dessas medidas.

Fonte: Infraestrutura

Estados Unidos vai construir torre de 790 m para a geração de energia solar

   Até 2013 deve começar a construção de uma torre solar de aproximadamente 790 m de altura, que deverá fornecer energia para cerca de 100 mil residências no Estado do Arizona a partir de 2015.   O projeto é da empresa de energia renovável australiana EnviroMission, que contratou a construtora Hensel Phelps para as obras.

Divulgação: EnviroMission
Torre terá aproximadamente 790 m de altura


   A torre, com custo estimado em US$ 750 milhões, será conectada a uma estufa com 4,8 km de diâmetro no máximo.   A estufa servirá para esquentar o ar através da radiação solar, sendo que a temperatura naquele espaço, segundo os engenheiros, poderá chegar a até 72 °C.   O ar mais quente, e portanto mais leve,  sobe para a torre, por onde propulsiona 32 turbinas durante sua passagem, gerando até 200 MW de energia.

   A torre será a segunda estrutura mais alta do mundo, ficando atrás somente do Burj Khalifa, em Dubai, com 811 m.   A torre precisa ser alta para que o ar no topo da estrutura seja frio o bastante para que a diferença de temperatura seja maior e o ar quente suba com maior força.   De acordo com a empresa, a cada 97 m, o ar diminui sua temperatura em aproximadamente 16 °C.

   A Arup, que está desenvolvendo o projeto estrutural, afirma que a torre deverá ser construída com concreto reforçado, e a estufa, em steel frame.   Para provocar o efeito estufa, a estrutura de aço será coberta por uma camada de vidro e uma camada translúcida de ETFE (etileno tetrafluoretileno).

   De acordo com a empresa, um dos maiores problemas do projeto será a logística em pleno deserto do Arizona.   Para a construção de uma estrutura deste porte, há a necessidade de uma grande infraestrutura para transporte e estoque de materiais e alojamento dos quase 1,5 mil trabalhadores.

   Em 1989, um protótipo da torre foi construído em Manzanares, na Espanha, pela Schlaich Bergermann. Em escala menor, com apenas 194 m de altura, a torre metálica chegou a produzir 50 kW de energia, sendo que a estufa tinha 240 m de diâmetro.

Divulgação: EnviroMission
Estufa terá aproximadamente 4,8 km de diâmetro

Divulgação: EnviroMission
Torre precisa ser alta para manter diferença de temperatura e pressão

Divulgação: EnviroMission
Protótipo construído em Manzanares, na Espanha


Fonte: téchne
Maurício Lima

Planeta mais quente da Terra pode ser também o que terá vida mais curta, pois está sendo engolido por estrela

Planeta mais quente da galáxia está sendo engolido por estrela / Foto: AFP

RIO - O Telescópio Espacial Hubble conseguiu captar evidências de uma estrela parecida com o nosso Sol "devorando" um planeta parecido com a Terra, na constelação Auriga.   Já se sabia que estrelas são capazes de "engolir" planetas que orbitam ao seu redor, mas esta é a primeira vez que cientistas conseguem observar este fenômeno com clareza.

   Ainda que o planeta esteja muito distante do Hubble para poder fotografá-lo, os cientistas criaram uma imagem do fenômeno com base na análise dos dados do telescópio.   Os detalhes foram publicados revista "The Astrophysical Journal Letters".

   Segundo os cientistas da agência espacial americana (NASA) - que realizaram a descoberta com auxílio do Espectrógrafo de Origens Cósmicas (COS) do Hubble - o planeta que está sendo "devorado" é chamado de Wasp-12b, o astro mais quente que se conhece na nossa galáxia, a Via Láctea.   E também será o planeta de vida mais curta, porque só tem mais dez milhões de anos antes de ser totalmente absorvido pela estrela.

   - Estamos vendo uma enorme nuvem de material ao redor do planeta que será capturado pela estrela - disse o cientista Carole Haswell, da Universidade Aberta de Grã Bretanha. - Já identificamos elementos químicos nunca antes vistos em planetas fora do nosso sistema solar.

   A Wasp-12 está localizada a cerca de 600 anos luz do Sistema Solar, em Auriga, uma constelação do Hemisfério Norte, e o planeta foi descoberto em 2008 durante o projeto britânico chamado Wide Angle Search for Planets (Wasp, na sigla em inglês).

Fonte: G1

Satélite da Nasa 'flagra' buraco negro engolindo estrela

   Um buraco negro dentro de uma galáxia a 3,9 bilhões de anos-luz de distância da Terra foi "flagrado" por um telescópio da Nasa ao engolir uma estrela que se aproximou demais.   Dois estudos sobre o fenômenro foram publicados na edição desta semana da revista "Nature".

   O "acidente" cósmico tem causado o envio de raios X à Terra desde março de 2011.   A galáxia está localizada na direção da constelação do Dragão.   Os gases da estrela acabam sendo "engolidos" e ficam girando na região do buraco negro.   Um feixe de partículas é formado no local e um dos lados do feixe está virado em direção da Terra, permitindo que o satélite Swift detecte o fenômeno.

   Segundo os astrônomos, os centros da maioria das galáxias possuem buracos negros gigantes - com milhões de vezes a massa do Sol.   No caso da Via Láctea, o buraco negro tem uma massa igual a de 4 milhões de sóis.   Os dados do Swift mostram que o buraco negro pesquisado é duas vezes maior do que o da nossa galáxia.

Ilustrações mostram buraco negro devorando estrela. (Foto: Nasa)
Ilustrações mostram buraco negro devorando estrela. (Foto: Nasa)
 
Fonte: G1

Estudo sugere descoberta de um planeta feito de diamante

   Um planeta possivelmente feito de diamante foi descoberto por uma equipe internacional de astrônomos, segundo mostra um estudo publicado na edição desta semana da revista "Science".   O planeta está próximo a um pulsar, uma estrela com muita massa e com apenas 20 quilômetros de diâmetro - valor comparável ao tamanho de uma cidade.

   A descoberta foi feita por um grupo de cientistas liderados por Matthew Bailes, da Universidade Swinburne de Tecnologia, localizada em Melbourne, na Austrália.

   O pulsar - que se chama PSR J1719-1438 - consegue girar 10 mil vezes em torno do seu eixo por minuto e possui 1,4 vez a massa do Sol.   A chance de "piões de luz própria" como esse terem uma companheira é de 70%.

   Conforme o pulsar gira, ele emite um feixe de ondas de rádio que podem ser detectadas por radiotelescópios.   Ao analisar o padrão das ondas de rádio vindas de PSR J1719-1438, os cientistas suspeitaram da presença de um planeta no local.

   As mudanças provocadas nos pulsos de rádio pela presença do planeta também informaram ao astrônomos sobre a composição do astro.   Eles sabem, por exemplo, que a companheira do pulsar não pode ser feita de hidrogênio ou hélio.

   Por outro lado, o planeta pode ser composto por carbono e oxigênio.   A equipe tem confiança de que a densidade do astro indica que o planeta seria formado por um material em forma de cristais, assim como um diamante.

Ilustração mostra o pulsar, no centro, sendo rodeado por uma companheira provavelmente feita de diamante. (Foto: Science)
 
   No centro, em azul, está o pulsar; o ponto amarelo à direita, dentro da órbita, é o planeta que os cientistas acreditam ser feito de diamante. (Crédito: Science)
 
   Os astrônomos acreditam que o planeta de diamante seja, na verdade, o que restou de uma estrela com muita massa no passado, que teve boa parte de sua matéria "sugada" pelo pulsar.

   Segundo o grupo, o astro de diamante deve ter menos de 60 mil quilômetros de diâmetro - valor 5 vezes maior que o da Terra.   Mas a sua massa é maior que a Júpiter.

   Ele completa uma volta ao redor do pulsar em apenas 2 horas e 10 minutos.   A distância entre a estrela e o planeta também é pequena: 600 mil quilômetros, valor menor que o raio do Sol.   A dupla pertence à Via Láctea e se encontra na direção da constelação da Serpente, distante 4 mil anos-luz da Terra.

Fonte: G1

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MSF envia alimentos e equipes médicas para Mogadíscio

Somália: Crise humanitária

Médicos Sem Fronteiras enviou dois aviões de carga para Mogadíscio, capital da Somália, com 30 toneladas de material médicos e logístico para abrir centros de tratamento nutricional, de cólera e meningite 
12 de agosto de 2011 - Nesta semana, a organização internacional humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) enviou equipes médicas e fretou quatro aviões para levar 55 toneladas de equipamentos médicos, medicamentos e alimentos terapêuticos para responder à crise que está afetando a população somali. Nas últimas semanas, cerca de 100 mil pessoas fugiram da região centro-sul da Somália para a capital, Mogadíscio, em busca de assistência. Eles se assentaram em vários acampamentos na cidade e nos arredores, com pouco ou nenhum acesso a cuidados de saúde.
A equipe médica de MSF começou imediatamente campanhas de vacinação contra sarampo em dezenas de acampamentos improvisados. Quase três mil crianças foram vacinadas até o momento.
Cerca de mil crianças também passaram por uma avaliação nutricional. Os resultados indicaram que mais da metade estava desnutrida.
"MSF está extremamente preocupada com a situação da população deslocada. A situação é crítica", disse o dr. Unni Karunakara, presidente internacional de MSF. "Nós próximos dias, MSF vai reforçar a equipe operacional em Mogadíscio e avaliar outras áreas ao redor da capital para dar uma resposta adequada a esta crise humanitária".
Uma clínica móvel começou a oferecer cuidados médicos para cerca de 100 pacientes todos os dias. Equipes de MSF também distribuiram itens de auxílio, como artigos de higiene pessoal e tendas plásticas, para pessoas mais vulneráveis.
Além de oferecer cuidados médicos na capital há muitos anos, MSF está coordenando instalações médicas em Daynile e Darkheley, onde mais de 370 consultas foram realizadas somente na semana passada. Para responder às necessidades médicas crescentes, nos próximos dias, MSF vai abrir centros de alimentação terapêutica, uma unidade de tratamento de sarampo e um centro de tratamento de cólera, com capacidade para 50 leitos, em Mogadíscio.
MSF está na Somália desde 1991. Atualmente, a organização oferece assistência médica gratuita em oito regiões no sul do país. Mais de 1,4 mil profissionais somalis, com apoio de aproximadamente 100 profissionais estrangeiros em Nairóbi, oferecem cuidados primários, cirurgias, tratamento contra desnutrição, assistência médica e apoio a populações deslocadas. Eles também distribuem água e suprimentos em nove locais na região centro-sul da Somália.
MSF ainda oferece cuidados médicos aos refugiados somalis nos acampamentos de Dagahaley e Ifo, no Quênia, e Liben, na Etiópia. MSF é a única organização que oferece cuidados médicos aos 130 mil residentes do acampamento, onde mais de 6,4 mil crianças desnutridas estão recebendo tratamento. Em Ifo, MSF presta assistência médica aos 25 mil refugiados que se estabeleceram nos arredores do campo. Em Liben, MSF está oferecendo cuidados médicos nos seis campos onde 119 mil refugiados se estabeleceram. Mais de 10 mil crianças estão inscritas em programas nutricionais.

Fonte: Médicos Sem Fronteiras

ajude o MSF através do site http://www.msf.org.br/
Dr. Alberto C. Filho

Médicos Sem Fronteiras - Acampamento sem infraestrutura na Somália

27 de julho de 2011-   A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) está profundamente preocupada com a transferência de refugiados somalis em Dadaab para o novo campo anexo, chamado Ifo 3.   A transferência, que começou ontem sob a coordenação do Acnur, agência da ONU para refugiados, está sendo realizada com pouca transparência e sem a participação de outras agências e da comunidade de refugiados.
 
   Diariamente, cerca de 200 famílias estão sendo instaladas em Ifo 3, um campo com poucos serviços básicos. Espera-se que o novo campo abrigue um total de 60 mil refugiados, 20 mil pessoas a mais do que foi originalmente projetado para acolher.   As organizações não governamentais só foram comunicadas sobre a transferência na última sexta-feira. Embora a água esteja sendo providenciada e latrinas instaladas rapidamente, o campo não atende aos mínimos padrões humanitários.

   O Ifo 3 não tem estrutura médica, o que obrigará MSF a encaminhar os pacientes com necessidade de internação, ou aqueles que estão recebendo alimentação terapêutica intensiva, para os hospitais dos acampamentos Dagahaley ou Ifo, ambos operando acima da capacidade. 

   A poucos quilômetros do Ifo 3 encontra-se o acampamento Ifo 2, que deveria ter sido aberto em novembro.   Nesse espaço já foram instalados latrinas e chuveiros, alguns abrigos e até uma escola.    MSF pede ao governo do Quênia e ao Acnur que garantam a transferência imediata dos refugiados para o Ifo 2, como havia sido anunciado pelo governo há doze dias.

   Um grande número de refugiados continua chegando em Dadaab, fugindo da seca e dos conflitos na Somália. Somente na última semana foram 5.117 pessoas.   Desde janeiro, foram 81.463 novas chegadas, e o número total de refugiados no campo chega hoje a 387.893. Muitos desses refugiados permanecem nos arredores dos acampamentos e não estão recebendo assistência adequada.   Há demora no registro e no acesso à água e alimentos.

   MSF está tratando mais de 2.400 crianças em seu programa ambulatorial de nutrição terapêutica em Dadaab, e 138 no centro intensivo de nutrição terapêutica.   Um total de 5.047 crianças com desnutrição aguda está inscrito no programa de alimentação suplementar.

   MSF trabalha no acampamento de Dagahaley desde março de 2009.   A organização mantém projetos de cirurgia e cuidados maternos num hospital de 170 leitos e oferece vacinação, pré-natal e saúde mental em seis unidades de saúde dentro dos acampamentos e nos arredores.   Além disso, desde o início deste ano, MSF está trabalhando nos arredores do acampamento de Ifo, oferecendo cuidados de saúde mental e assistência nutricional aos recém-chegados.

Fonte: Médicos sem Fronteiras

  Com somente R$ 10,00 é possível fazer uma doação para o MSF
http://www.msf.org.br/
Dr. Alberto C. Filho

Estação da Cultura vai abrigar as apresentações da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a Rádio Inconfidência e Rede Minas de Televisão


   O governo do Estado de Minas Gerais apresentou o projeto da Estação da Cultura Presidente Itamar Franco, complexo desenvolvido por Jô Vasconcellos e Rafael Yanni para sediar os ensaios e apresentações da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e para abrigar a Rádio Inconfidência e a Rede Minas de Televisão. 

Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
Complexo deve ficar pronto em 2014

   O terreno de aproximadamente 14 mil m², localizado na região central de Belo Horizonte, contará com dois edifícios.   O primeiro, com fachada em vidro, foi projetado para uso exclusivo da orquestra.   O equipamento terá quatro pavimentos, sendo um deles composto por salas de apoio.   A sala de concertos, dividida em dois níveis, terá capacidade para 1,4 mil pessoas.   A estrutura do salão se estende para dentro do foyer de acesso, em um grande volume na cor vermelha.   A sala de concertos também poderá ser acessada por um mezanino.

Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
Estrutura da sala de concertos se estende para dentro do foyer, em um grande volume na cor vermelha


Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
Sala de concertos terá capacidade para 1,4 mil pessoas


Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
Interior do edifício da orquestra

   O edifício das emissoras de rádio e televisão contará com sete pavimentos, sendo três abaixo do nível da praça, que por sua vez está 13 m acima da parte mais baixa do terreno, onde ficarão localizados os estacionamentos.   A televisão e a rádio dividirão alguns equipamentos, como as ilhas de edição, "para racionalizar os espaços", afirma Jô Vasconcelos.

   Segundo a arquiteta, o complexo também deve se tornar "um espaço público para a região, pois contará com um 'pré-foyer' para os edifícios, formando uma praça que servirá como um centro de convivência".  A praça será formada por lagos, jardins, grande pérgula para sombreamento, bancos e café gazebo, totalizando aproximadamente 8 mil m².

Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
Objetivo é garantir um novo espaço público na região


Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
Praça deverá ter aproximadamente 8 mil m²

Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
A praça ficará localizada no nível mais alto do terreno

   O terreno ainda conta com um casarão da década de 1930 tombado pelo patrimônio histórico.   O edifício será restaurado e convertido em restaurante, bistrô e café.

Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min
Casarão existente no terreno será restaurado

   O projeto arquitetônico foi desenvolvido durante um ano e oito meses.   Jô destaca que a Estação da Cultura resultou de seis estudos para o mesmo espaço, sendo que os programas tiveram de ser alterados por questões econômicas e técnicas, além da inclusão da rádio e da televisão no projeto.   Em fase de desenvolvimento do projeto executivo, o complexo deve custar R$ 140 milhões e a previsão é de que seja construído até 2014.

Divulgação: Secretaria de Cultura do Estado de Min

Fonte: Arquitetura
Maurício Lima

Obras de infraestrutura da Cidade do Rock são finalizadas


   Após dez anos, o Rock in Rio, festival de música e entretenimento que já reuniu mais de cinco milhões de pessoas em suas nove edições (três no Brasil, em 1985, 1991 e 2001, quatro em Portugal e duas na Espanha) volta a acontecer no País.   O evento será realizado no final de setembro e início de outubro no Parque Olímpico Cidade do Rock, construído na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, às margens da Lagoa de Jacarepaguá.   Além do festival, o parque abrigará outros shows musicais e servirá também como espaço de lazer para os atletas da Vila Olímpica, situada a cerca de 300 m do local.

Genilson Araújo
Vista geral da Cidade do Rock

   As obras de infraestrutura (terraplanagem, drenagem, pavimentação, instalação de sistema de água e esgoto e de iluminação), foram entregues no último dia 6 pela CR Almeida e custaram R$ 37 milhões. Para o Rock in Rio, no entanto, estão sendo feitas outras intervenções a cargo da organização do evento.   Antes da Olimpíada de 2016, ainda haverá outra licitação para a finalização da estrutura de lazer do parque.

   Segundo o engenheiro Luiz Severino Nunes Machado, da RioUrbe, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Obras responsável pelo projeto e acompanhamento da construção, o principal desafio do projeto foi a parte inicial da obra, de estudo e tratamento do solo.   Uma área de 34 mil m² beirando o Canal Camorim, que liga as lagoas de Jacarepaguá e da Tijuca teve de ser recuperada.
Para a execução da obra, foi feito um projeto ambiental que contou com a assessoria e aprovação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Inea - Instituto Estadual do Ambiente.   A terraplenagem  foi feita em aterro compactado com material importado de jazida (saibro) e hidráulico por dragagem flutuante.   As etapas da obra incluíram: limpeza e acerto do terreno, recuperação e troca de solo com retirada de argila mole e substituição por areia e aterro de saibreira.   Esse processo foi acompanhado de ensaio tecnológico, para medir as resistências necessárias para o solo.   Na sequência, aconteceu a pavimentação e, depois, a execução das margens do rio Camorim. Sua canalização foi realizada com muros laterais de gabião e haverá ainda ações de recuperação do entorno da lagoa.

   A área total do Parque Olímpico é de 138 mil m².   A pavimentação urbanística foi executada em diferentes áreas, com acabamentos em grama sintética (uma área de 37 mil m² ao redor do palco principal), plaqueamento de concreto intertravado (53 mil m² espalhados pelo desenho do parque, que tem formato de guitarra) e asfalto no entorno do terreno (25 mil m² de pista que também servirá como ciclovia).   A opção pela grama sintética se deu por sua maior resistência à grande movimentação de pessoas durante os shows e eventos. Para evitar problemas com a chuva, a área possui um sistema de drenagem.   A escolha pelo plaqueamento intertravado também seguiu esta orientação: os blocos são facilmente substituídos em caso de danos, que podem acontecer não só por conta dos grandes shows e eventos, mas por características do próprio solo recuperado.

   Estes pavimentos circundam as lajes onde serão montados os palcos do Rock in Rio, que futuramente, em nova etapa da obra ainda não licitada, darão lugar às quadras poliesportivas e a um parque de patinação.   Para estabilizar as áreas que receberão os palcos, foram feitos estacamentos pré-moldados, com mais de 500 estacas só na laje do palco principal do festival (Palco Mundo), com uma profundidade média de 8 a 9 m e blocos de coroamento.

   Sobre o gramado em torno do palco principal foram construídos dez postes em formato de peixe pintados na cor branca para a iluminação pública do Parque.   Outros 16 postes do mesmo desenho serão colocados na frente da obra.   A fundação de cada poste foi feita com oito estacas e serão realizados testes de carga para verificar se suportam a força dos ventos que circulam na região.   Cada poste tem 17 m no desenvolvimento (contando a curvatura) e 15 m de altura depois de aplicado.
Com 8 t a 9 t, cada poste é composto de três peças metálicas, montadas em três estágios: colocação da base, soldagem das outras duas peças que, juntas, foram içadas por guindaste, encaixadas e soldadas na peça de base.   Quatro desses equipamentos também possuem plataformas metálicas para instalação de caixas de som e iluminação.

   Por fim, foram realizados os arremates, como o muro que circunda o Parque, os postes de iluminação externos, o asfalto das pistas internas e o conserto de partes da pavimentação intertravada danificadas na própria movimentação da obra.

As obras para o show do rock
  
   Mesmo sem toda a infraestrutura pronta, a montagem dos equipamentos do Rock in Rio começou no início de julho.   Na fase final de montagem, a construção envolveu 500 ou 600 profissionais e 3 mil t de material, como peças metálicas de encaixe.

A reportagem completa sobre as obras pode ser conferida na edição de setembro da revista Infraestrutura Urbana
Olívia Bandeira
Ao fundo, a Lagoa de Jacarepaguá e um pedaço da vegetação natural do local, que cobria toda a área de 138 mil metros quadrados que foi aterrada para a construcao

Olívia Bandeira
Canal dragado

Olívia Bandeira
Colocacao da grama sintética e os três tipos de piso existentes na obra

Genilson Araújo
Vista aérea do terreno, ao lado da Lagoa de Jacarepaguá

Olívia Bandeira
Montagem do palco principal

Olívia Bandeira
Grama sintética foi instalada por todo o parque

Olívia Bandeira
Tubos de PVC compõem os muros da futura área de lazer para os atletas da Vila

Fonte: Infraestrutura Urbana