domingo, 29 de maio de 2011

As profissões imperiais - entrevista com Edmundo Campos Botelho

   Apesar da suposta democratização do sistema educacional, possuir um diploma universitário no Brasil ainda é um traço de distinção social.   No século XIX, quando o país era composto por  uma população majoritariamente escrava e analfabeta, freqüentar a universidade era um luxo acessível apenas a uma pequena elite, que utilizava todos os meios para manter tal privilégio.   No livro As profissões imperiais (Medicina, Engenharia e Advocacia no Rio de Janeiro - 1822-1930), o professor e pesquisador Edmundo Campos Coelho mostra como a dificuldade de acesso à  educação foi um poderoso elemento de exclusão social no país.   Para tratar desta desigualdade, que se perpetua até hoje, o autor utiliza-se do ponto de vista das camadas mais ricas e intelectualizadas da população.   Numa época em que as profissões praticamente inexistiam, possuir um diploma era  um valioso adorno cultural, que valia mais como um passaporte de convivência com as camadas mais altas do país do que como um atestado de formação profissional.   Através de um aprimorado estudo do exercício das profissões constituídas durante o período do Império — Medicina, Engenharia e Advocacia — o pesquisador traça um panorama crítico da cultura do bacharel no país e mostra como a valorização do diploma atingiu o ápice nos anos 30, com a regulamentação da profissões.   Pertencente a chamada Sociologia da Profissões,  uma área ainda pouco estudada no Brasil, o livro é fundamental para quem deseja conhecer os meandros da legitimação do diploma no Brasil, que acabou por transformar as diferenças em hierarquia e fez nascer o monopólio das instituições de ensino.

Como era no século XIX a relação das elites, que tinham acesso ao ensino superior,  com as  outras camadas da população?

   A elite era altamente autoritária.   As camadas mais privilegiadas da sociedade, as mais intelectualizadas, tinham total desprezo por aqueles que estavam abaixo na hierarquia social.    A desigualdade era cultuada. Isso é muito visível na advocacia.   O Instituto dos Advogados Brasileiros, que congregava os profissionais mais famosos da época,  denotava um total desprezo pelas camadas mais baixas.   A instituição era formada por pessoas com uma formação muito sofisticada, mas tinha um caráter muito antidemocrático, antipopular.

Há algum personagem famoso da historiografia nacional que caracterize esse pensamento?

   Vários. Um deles é o Joaquim Nabuco, um homem terrível.    Ele chegava em casa depois de uma  campanha e lavava a mão para tirar o cheiro do povo do corpo.   Nabuco era um homem extremamente antidemocrático e racista. Afrânio Peixoto, um médico sanitarista muito famoso na Belle Époque carioca, também cultivava essa desprezo, comum entre os membros da elite da época estudada.

Como se exercia, efetivamente, a exclusão social através do ensino?

   No século XIX o ensino público era  pago.   As escolas do governo eram caríssimas.   Só uma camada muita pequena conseguia freqüentar a universidade.   As estratégias de exclusão eram tantas que mesmo quem conseguisse romper a barreira de acesso à universidade não encontrava forma de usar o diploma depois de formado.   Aqueles que não pertenciam à elite tinham que ir para as cidades do interior porque os melhores cargos já estavam monopolizados.   Havia inclusive uma separação que regulamentava quem podia advogar nos tribunais superiores e quem não podia.   O diploma sempre foi um instrumento de exclusão social, talvez, no entanto, mais forte no século passado do que hoje.

O senhor acredita que este quadro tenha mudado com o aumento do número de universidades e, conseqüentemente, da quantidade de alunos matriculados no ensino superior?

   A desigualdade ainda existe,  hoje ela apenas se dá de forma diferente.   Por exemplo, poucas são as pessoas  das classes mais desprivilegiadas que conseguem entrar numa universidade gratuita.   Quem não teve dinheiro para freqüentar uma boa escola vai acabar fazendo um curso noturno em uma universidade privada.   Este aluno irá pagar caro para ter um ensino da pior qualidade.   A universidade coloca na porta uma peneira muito fina, que é o vestibular.   O ensino superior brasileiro ainda é um mecanismo poderoso de exclusão.   Por outro lado, este aumento de profissionais em alguma áreas cria uma inflação dos diplomas de graduação que provoca a queda do valor deles.   Como resultado disso, há um aumento dos cursos de mestrado e doutorado em variadas áreas. Essa criação não deixa de ser mais uma barreira, mais uma forma de promover a exclusão.   Quem pode espichar a vida estudantil?   É um investimento que leva tempo e dinheiro.

Qual era a importância do diploma numa época em que ele não tinha ainda um valor prático, de formação profissional?
  
   No século XIX, e na virada do século, as profissões praticamente inexistiam.   A Medicina até um tempo atrás não curava.   Se você fosse ao médico ou ao curandeiro as chances de cura eram exatamente as mesmas.   Um título acadêmico não tinha valor prático.   Na verdade, ele era simplesmente um adorno cultural.

E quando este panorama começa a mudar? A partir de que época o diploma começa a ter importância para a formação profissional?

   Nos anos 20, quando começa a explosão de matrículas, muda a natureza dos cursos.   A Medicina começa a curar e Engenharia ganha um certo prestígio com Pereira Passos.   O diploma passa a atestar competência em alguma atividade prática.   Aliás, em um mercado pequeno, como era o brasileiro, a competência já estava comprovada pelo diploma.   Isso ainda acontece no Brasil. Aqui, até hoje, o diploma traz a marca da competência não comprovada.   O peso que se dá a educação formal é muito grande no Brasil.

Por que no Brasil? No exterior o panorama é diferente?

   Nos outros países você tem profissões  mais diversificadas.   Nos Estados Unidos, até bem pouco tempo, engenheiro não era  quem tinha um título e sim quem praticava uma atividade ligada à Engenharia.   Esta separação entre diploma de nível superior e técnico, por exemplo, não é uma coisa que seja muito comum em outros países.   Isso é típico do Brasil, onde ninguém quer ser técnico, todos querem ser doutores.   Isso é um ranço do século passado.

E como essa característica aparece hoje na estrutura educacional e profissional do país?
  
   Aqui tudo é controlado, cada profissão quer fechar o seu mercado, quer exercer o seu monopólio. Existem pessoas que são extremamente competentes em certas áreas e que não podem exercer um ofício porque não têm o título correspondente.   Eu posso ser sociólogo e também ser extremamente competente em relação à consultoria de família, já que conheço muito sobre mecanismos sociais.   No entanto, se eu quisesse, não poderia montar um consultório.   O Conselho Federal de Medicina logo me processaria.   Para mim, quem deveria decidir pela competência das pessoas era o mercado.

Existe algum país que fuja à esta regra da obrigatoriedade do diploma?

   Na Inglaterra, até recentemente, não existia nenhuma lei que impedisse as pessoas de exercerem a Medicina.   O que o governo inglês fez foi prevenir a população de que existiam pessoas competentes, com curso superior, e que estas é que deveriam ser procuradas.   Isso não é surpreendente em outros países.   No Brasil é que existe a criação deste monopólio.

Vendo por este ângulo, qual seria a finalidade da escola?
  
   Ensinar coisas absolutamente irrelevantes e “dourar a pílula”.   Para revestir o sujeito de um aparato, de um adorno cultural absolutamente desnecessário na atividade prática.   Na verdade, a escola é uma forma de distinguir algumas pessoas de outras que poderiam fazer a mesma coisa  mas que não tem tempo, nem dinheiro, para comprar o tal adorno cultural.   Alguém que freqüenta um ótimo escritório de advocacia pode se tornar advogado sem nunca ter estado numa escola de direito.   Eu estou convencido disso, até na Medicina.   Você pode se tornar um clínico extremamente  competente se você tiver um bom treino.   A força do diploma no Brasil cria estes feudos, estes guetos profissionais onde ninguém pode entrar.   Até os conselhos profissionais obedecem à esta lógica.   Eles carregam a estrutura burocrática herdada dos anos 30 e continuam valorizando somente o diploma.   A única coisa com que estas instituições se preocupam é saber se existe alguém exercendo a profissão sem autorização.   Se os profissionais são ou não realmente competentes não é tão importante para os conselhos.

O senhor vê alguma forma de romper com esta barreira da exigência do diploma para o exercício de certas profissões?

   As categorias profissionais são extremamente bem organizadas.   Elas não vão querer que a profissão seja exercida por quem não possua o diploma.   Esta exigência é uma das únicas formas de segurar a competição.   De garantir o lugar no mercado, o monopólio.   E agora, ainda tem o provão.   A estrutura cria obstáculo em cima de obstáculo para garantir a exclusão social, que se mantém através do sistema educacional desde o século passado, ainda que de forma diferente.

Fonte: Grupo Editorial Record

  Concordo em parte com o autor quando ele diz que o diploma é um elemento de exclusão social.  Mas por outro lado, discordo do item em que ele fala que uma pessoa sem formação acâdemica pode exerecer a mesma função que um profissional formado.   Até seria possível em questões extremente triviais, mas em questões mais elaboradas pertinentes ao universo da engenharia seria impossível. 
 
  Para uma análise em engenharia é necessário conhecimento em física, matemática, resistência dos materiais, mecânica dos solidos e dos fluidos, etc.
 
  São inúmeras as mortes e prejuízos causados por deslizamentos, desmoronamentos, alagamentos, incêndios, etc.   Problemas que foram gerados por falta de fiscalização e controle, causados pelo exercicio ilegal da profissão.

  Imaginem um avião, um petroleiro, um grande edificio de escritórios, uma ponte Rio-Niteroi, uma usina nuclear, uma plataforma de petróleo, uma estrada férrea,  construídos por não engenheiros, por pessoas sem formação acâdemica!   Você confiaria?

Engº. Alberto C. Filho

As origens do estudo de engenharia no Brasil

   A Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (antiga Universidade do Brasil) - fundada no largo de São Francisco - é a mais antiga escola de engenharia do Brasil.

   Em 1792, o vice-Rei D. José Luís de Castro, Conde de Resende, assinou os estatutos aprovando a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho do Rio de Janeiro, segundo o modelo da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho de Lisboa, iniciando o ensino de disciplinas que seriam a base da engenharia no Brasil.

   Em 4 de dezembro de 1810, o Príncipe Regente (futuro Rei D. João VI) assinou uma lei criando a Academia Real Militar que veio suceder e substituir a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, e de onde descendem, em linha direta, a famosa Escola Polytechnica do Rio de Janeiro, posteriormente chamada de Escola Nacional de Engenharia, alterada em seguida para Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, hoje, voltando a ser a Escola Politécnica, agora da UFRJ.

   A Universidade do Brasil/UFRJ foi formada pela reunião das seculares unidades de ensino superior já existentes no Rio de Janeiro: a Faculdade de Medicina, antiga Academia de Medicina e Cirurgia, criada em 1808 por D. João VI; a Escola Politécnica, continuação da Escola Central, e a Faculdade de Direito, todas com vida autônoma.

Fonte: Wikipédia

domingo, 22 de maio de 2011

Memorial Darcy Ribeiro em Brasília

http://www.revistaau.com.br/au/extra/galeria.asp?e=206|214801&t=E1&b2g=PARBRA

Museu do Chocolate




    O desenho vermelho percorre o edifício antigo e emoldura um novo caminho na fábrica da Nestlé, a 109 km de São Paulo.   Quem passa pela rodovia Presidente Dutra, que liga a capital paulista ao Rio de Janeiro, surpreende-se: as torres e passarelas metálicas com fechamento de vidro laminado e película vermelha dão uma nova referência ao local.   Projetadas pelo escritório Metro Arquitetos, são parte da readequação da fábrica da Nestlé e das novas instalações do Museu do Chocolate, o Chocolover.

   No edifício antigo - inaugurado em 1971 - são produzidos os chocolates Nestlé, espaço que também recebe o público para um tour de visitação pelas diversas etapas do processo de fabricação do produto.   O programa apresentado aos arquitetos solicitava a reformulação do espaço do museu que estava obsoleto - era um simples corredor com janelas voltadas para a fábrica, porém sem uma compreensão real da produção do chocolate.   "O cliente queria um museu interativo, com novas mídias e recursos cenográficos", declara o arquiteto Gustavo Cedroni, um dos sócios do Metro Arquitetos, ao lado de Anna Ferrari e Martin Corullon.

   Com a planta original em mãos, os arquitetos detectaram problemas no fluxo e na circulação das pessoas. "Havia um grande conflito entre as áreas de produção e de público, porque, para completar o percurso, o visitante precisava atravessar as ruas externas da fábrica por onde transitam caminhões", relata Martin.   A solução proposta foi implantar duas torres externas ao edifício, e duas passarelas que funcionam como circulação exclusiva para o público.

   A solução se transformou na principal atração do edifício, pois, além de cumprir a função de circulação, causa grande impacto visual tanto durante o dia quanto de noite, graças à iluminação com lâmpadas led.   O vermelho especificado pelos arquitetos possui intenso apelo sensorial e desperta o apetite. Ideal para uma fábrica de chocolate.

   Incorporada à fachada do edifício, a passarela maior, voltada para a via Dutra, tem 100 m de extensão, 2,75 m de altura, está a 4,80 m do solo e possui fundação própria, ou seja, está justaposta à construção original.   Finaliza em uma torre com 20 m de altura que abriga elevador e escada.   A passarela tem fechamento de vidro laminado temperado com película vermelha e, na face norte, é fechada por uma chapa metálica expandida, que funciona como um brise.   O piso é de chapa perfurada para ventilar e escoar a água. Sua estrutura metálica ganhou desenho inusitado: suaves ondulações que dão dinamismo ao conjunto.

   "É uma geometria mais complexa.   Optamos por esse recurso pelo rendimento que traz como experiência espacial, ou seja, podíamos explorar formalmente, não apenas cumprir a função", explica Martin Corullon.  A estrutura espacial triangular tem uma modulação básica, mas com deslocamentos vertical e horizontal que variam até 20 cm, formando faces irregulares que se repetem a cada quatro módulos de 2,75 m.

   A estrutura de sustentação da passarela é constituída por peças de aço com perfil I, sendo pilares espaçados a cada 10 m e vigas formando furquilhas.   No trecho sobre a rua de circulação de veículos há um vão livre de 27,5 m. Essa passarela organiza a saída do público.   A entrada é realizada por outra passarela com solução idêntica, porém menor - 20 m de extensão, vão livre de 15 m e torre de 10 m de altura.

   Museografia

   Durante o trajeto, o público tem a seu dispor narrações por alto-falantes, painéis com imagens, textos, vídeos e lunetas. Há também telas touch screen e almofadas gigantes que deixam o formato da pessoa.
Diferentes cores foram utilizadas nos pisos, paredes e teto, além de uma trilha sonora para cada espaço.   A sala do bombom Alpino, por exemplo, tem som de jazz, enquanto a de massa de chocolate tem um som distorcido de fábrica, sempre com o objetivo de criar uma identidade marcante para cada núcleo.

Fonte: aU
Responsáveis também pela museografia, os arquitetos, junto com uma equipe de antropólogos, videomakers e cenotécnicos, setorizaram a fábrica de acordo com as áreas de produção e criaram 12 núcleos temáticos, cada um identificado por uma cor.   Assim, no percurso de mil metros, janelas foram fechadas, dando lugar a aberturas redondas e ovais, mais lúdicas, e que permitem a visualização dos conteúdos mais interessantes da fábrica. "Usamos outras técnicas de museografia para deixar o percurso o mais interativo possível", esclarece Gustavo.

sábado, 21 de maio de 2011

Agência de notícias da Universidade Federal Fluminense

http://www.noticias.uff.br/

São Paulo é a sexta cidade no mundo em número de bilionários

Wikipedia
 
   São Paulo não tem o glamour de Los Angeles, mas isso não impede que a cidade abrigue mais bilionários do que a maior cidade da Califórnia. Segundo ranking da revista Forbes, São Paulo concentra 21 magnatas em suas ruas e divide com Mumbai, na Índia, a sexta colocação entre as cidades com maior número de bilionários.   Esses brasileiros do topo da pirâmide econômica têm um patrimônio estimado em US$ 85 bilhões, enquanto os 21 indianos seguravam carteiras ainda mais recheadas, com um total de US$ 107 bilhões.   Los Angeles, a cidade dos Anjos que sedia Hollywood, figura como a oitava colocada na lista divulgada pela Forbes.

Wikimedia Commons
 
   Mas o lugar mais fácil de se deparar com um bilionário é Moscou.   A ex-capital do comunismo é o endereço de 79 bilionários, após registrar uma assombrosa escalada na lista da Forbes.   Em apenas um ano, 58 pessoas entraram para o seleto grupo.   Com essa concentração, Moscou desbancou Nova York para o segundo posto.   A terra de Wall Street era morada central de 59 bilionários, enquanto Londres aparecia em terceiro lugar, com 41.

   Os habitantes de mais alta renda de Moscou incluem magnatas que tiraram das commodities e de derivados suas principais fontes de renda, como Vladimir Lisin, o homem mais rico do país e que trabalha no segmento siderúrgico.   A fortuna combinada dos bilionários de Moscou supera US$ 375 bilhões, um valor muito maior do que a receita de qualquer cidade do mundo.

   A listagem da Forbes considera como referência o endereço principal dos 1.210 bilionários da lista de 2011 feita pela revista, com base em valores convertidos para o dólar norte-americano.   Os demais endereços dos bilionários não são levados em consideração.   Mas vários residentes de Moscou possuem um segundo endereço em Nova York, incluindo o magnata dos fertilizantes e do carvão Andrey Melnichenko, cuja esposa comprou recentemente uma cobertura de US$ 12,2 milhões com janelas voltadas para o Central Park.

   Moscou não é a única cidade com ligações com o comunismo que aparece na lista.   Três cidades chinesas também estão no topo em concentração de bilionários.   Hong Kong aparecia em quarto lugar, com 40 bilionários; Pequim, em 8º com 19 magnatas e Xangai, na 13ª posição com 16 pessoas capazes de colocar um Bugatti Veyron na garagem sem comprometer o orçamento.   O carro, avaliado em US$ 1.700.000 é considerado um dos mais carros do mundo.
As cidades com maior número de bilionários
1Moscou
2Nova York
3Londres
Hong Kong
Istanbul 
Mumbai
6 São Paulo 
Taipei
Los Angeles
Pequim 
11 São Francisco 
11 Dallas 
13Xangai 
14 Seul 
15 Tóquio 
Fonte: Forbes
Fonte: G1

sexta-feira, 20 de maio de 2011

China está diminuindo o fornecimento de metais raros para o mundo

   Você pode não ligar muito para o fato de a China controlar mais de 95% do fornecimento de metais raros do mundo, mas talvez valha a pena pensar nisso agora.

   A China está diminuindo a exportação destes materiais raros e construindo um estoque nacional. Ironicamente, a superpotência comunista não está usando os metais para nada. Eles estão usando o estoque como refém para poder controlar a demanda e o preço mundial — tática utilizada com mais frequência do que imaginamos pelos países que detém algum tipo de poder.   Como era de se esperar, os suprimentos estão acabando e o preço está subindo.

   Metais raros são utilizados em tudo, desde armas guiadas por lasers até eletrônicos de consumo comum. Os fabricantes estão pagando mais do que antes por estes metais, e logo o preço chegará até o consumidor. Pode demorar mais um tempo, mas o aumento eventualmente chegará em nossas carteiras e nos atingirá onde dói mais — em nossos amados eletrônicos.

Fonte: IE

Talvez o ocidente ainda não tenha percebido que a China pretende governar o mundo!
Eles produzem bons produtos, possuem uma engenharia muito boa, mas exportam em grandes quantidades oque há de pior!
Hoje a China está trocando toda sua frota ferroviária por trens eletromagnéticos! É a segunda nação em poderio bélico, a dez anos ela possuia mais de sete submarinos balísticos nucleares!
Mas isto me assusta pois no item humanistíco é um país que parece não ter grande respeito pela liberdade, pela vida humana e parece ser o pior país em crueldade contra animais.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Norma 24:301.13-003 Sistemas de segurança contra incêndio em túneis - Sistemas de sinalização e de comunicação de emergências em túneis.

Mauricio Lima

Divulgação: Sudecap
   Está em consulta nacional até o dia 4 de julho, no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o projeto de criação da Norma 24:301.13-003 - Sistemas de segurança contra incêndio em túneis - Sistemas de sinalização e de comunicação de emergências em túneis. O objetivo da norma é apresentar requisitos e critérios de prevenção e de proteção em casos de incêndio ou outras emergências que ocorram em túneis pelo país.

   A normalização foi desenvolvida pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio da ABNT (CB-24), sob coordenação do engenheiro Anthony Brown.   A norma será aplicável somente para sistemas de sinalização e de comunicação de emergência relacionados à prevenção e proteção contra incêndio de usuários, cargas transportadas e patrimônio público ou privado nos túneis urbanos, subaquáticos, rodoviários, metroviários e ferroviários.   Segundo Brown, a norma não se refere à manutenção desses sistemas, que é de responsabilidade da empresa operadora do túnel.

   O projeto prevê que os usuários consigam saber rapidamente a localização de sistemas de combate ao incêndio, rotas de fuga e saídas de emergência.

   São considerados sistemas de comunicação de emergência aqueles que, ativos e passivos, permitem a garantia da comunicação de incêndio no interior do túnel. Segundo o projeto, eles deverão ser operados de forma eletrônica a partir de um Centro de Controle Operacional (CCO), envolvendo radiocomunicação, sonorização, sinalização de emergência e transmissão de sinais dos sistemas de detecção instalados no túnel.

   Segundo o engenheiro, acidentes com incêndios não são frequentes em túneis, mas quando ocorrem podem se tornar catastróficos.  "Se o gestor de túneis não estiver preparado e treinado para combater e controlar o incêndio, teremos como resultado a perda de vidas e veículos e danos sérios ao patrimônio do túnel", diz Brown.

Fonte: http://www.abntonline.com.br/consultanacional/

sábado, 14 de maio de 2011

Rio Solimões e MST!

VEJAM O QUE ACONTECE NA MARGEM ESQUERDA DO
 RIO SOLIMÕES A BEIRA DE UM ASSENTAMENTO DO MST.
ESTA DEVE SER A IDEIA DE PRODUTIVIDADE DO
 "MOVIMENTO."

AS TARTARUGAS PRODUZEM, ELES ROUBAM E VENDEM OS OVOS.
DEVE SER A PISICULTURA AUTOSUSTENTAVEL DO INCRA...
MAIS UM POUCO, ADEUS TARTARUGAS!












Fonte:  email do Eng.º Vinícius Balthazar
Vecchi Agropecuária



quinta-feira, 12 de maio de 2011

Engenharia: Pont du Gard (França) c.40 a 60 d.C.



   A ponte-aqueduto sobre o rio Gard, construída pelos Romanos no sul da França, numa área onde esse belo rio recebe inúmeros pequenos afluentes quase todos chamados Gard, ou Gardon, tem 49 metros de altura e, em sua mais longa extensão, 275 metros.

   Fazia parte de um complexo de quase 50 km construído para transportar água das nascentes do Eure ao castellum divisorum (reservatório de água) na cidade Romana de Nemausus (atual Nîmes).

   É uma obra magnífica: como só havia 12m de desnível entre o Eure e Nîmes, os Romanos calcularam um caminho que permitia a água fluir apenas baseada na força da gravidade.

   Foram quase 15 anos para terminar o aqueduto, nele trabalharam cerca de 1000 homens e é um feito da engenharia e da arquitetura Romanas admirado até hoje.

   As pedras eram cortadas de maneira a se encaixarem perfeitamente umas nas outras sem necessidade de cimento e eram erguidas por um sistema de polias.

   Um andaime de enorme complexidade foi montado para sustentar o aqueduto durante sua construção. Ainda estão lá os protuberantes apoios para o andaime e os sulcos cavados nas pilastras, projetados para suportar o peso das armações semicirculares em madeira, sobre as quais os arcos eram montados



   Os canais, subterrâneos na maior parte do trajeto, quando encontravam acidentes geográficos ou topológicos, emergiam por cima de paredes, arcadas ou pontes para poder despejar a água no castellum (foto à esquerda); reparem nos furos onde os canos que supriam Nîmes eram encaixados.

   Há, naquela região, outros trechos do aqueduto, mas nenhum tão perfeito, tão belo e em tão bom estado quanto o Pont Du Gard.

   Desde o Século IX o aqueduto já não transporta água.   As nascentes do Eure ainda são ricas, mas os canais foram sendo obstruidos pelo cálcio e pelas plantas e algas que penetravam as fendas entre as rochas e a passagem da água ficou muito prejudicada.

   Durante muito tempo foi a única ponte para a travessia do rio.   Em 2000, toda a área à sua volta foi proibida ao tráfego e não se pode mais cruzá-la sem autorização e sem o acompanhamento de guias oficiais.

Fonte: IE

O elemento químico Tântalo vem do Amazonas e vai para celulares e motores a jato



   Você talvez não conheça o elemento químico tântalo, mas ele está com você agora mesmo.   Ele está nos capacitores do seu computador, e na bateria do seu celular, e ainda é usado em superligas para produzir peças de motores a jato, mísseis e reatores nucleares.   E esse material vem de uma cidadezinha do Amazonas, onde a tecnologia ainda está chegando.

   O G1 visitou a cidade de Pitinga (AM), responsável por 40% da produção nacional de tântalo.   Lá, a internet via rádio custa R$130 por mês – mas a velocidade em alguns lugares é ruim, então ainda é preciso contar com LAN houses.   E, ironicamente, não há sinal de celular na cidadezinha que contribui para a fabricação de celulares do mundo todo. Mesmo assim, há quem tenha até quatro celulares: Daydson Mendes Coelho explica que usa os aparelhos, um para cada operadora, quando viaja para Manaus; Robert Mendonça, por sua vez, usa o celular que tem para escutar música.

   Na cidade de 3.000 habitantes, 1.200 pessoas trabalham na mina de tântalo.   O Brasil é responsável por 14% da sua produção mundial, e no país estão 61% de todas as reservas do minério no mundo.   A mina pertence à empresa peruana Mineração Taboca desde 2009, e produz a liga de tântalo-nióbio que você vê na foto acima. Ela é comercializada para uma empresa no Brasil e para vários países no exterior, especialmente a China.

   O tântalo é usado principalmente em baterias de celulares, mas quando combinado em ligas, ele vira um material de alta resistência – bastante adequado para aplicações potentes, como em gasodutos e na indústria aeroespacial. Ele também é usado em equipamentos médicos e implantes cirúrgicos.


 
Fonte: IE

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ensino do Holocausto

RIO
   O prefeito Eduardo Paes sancionou nesta terça-feira em Diário Oficial a lei de autoria da vereadora Teresa Bergher que "torna imprescindível a ênfase no ensino sobre o Holocausto" nas aulas de história das escolas da prefeitura. A nova regra deve começar a valer efetivamente no próximo ano letivo, já que foi estabelecido um prazo de 180 dias para a adaptação dos colégios.

   O texto havia sido aprovado em segunda discussão no fim do mês passado.   A vereadora Teresa Bergher tentava emplacar o ensino do Holocausto na rede municipal desde 2007, sem sucesso.   O projeto foi aprovado pela Câmara em 2008, mas vetado pelo então prefeito Cesar Maia.

Fonte: advivo


Porto Alegre
   O prefeito José Fortunati vai sancionar na segunda-feira, 18, às 14h30, o Projeto de Lei que torna obrigatório o ensino do Holocausto na rede municipal de ensino.   Porto Alegre é a primeira cidade brasileira a adotar a medida.   A cerimônia será no Salão Nobre do Paço Municipal.   O ato contará com a presença do Cônsul de Israel em São Paulo, Ilan Sztulman, que vem à Capital especialmente para participar do evento.   A solenidade também terá o presidente da Federação Israelita, Henry Chmelnisky, e outras lideranças judaicas.

   O projeto é do vereador Valter Nagelstein e estabelece que o ensino sobre o holocausto seja desenvolvido ao conteúdo programático da disciplina de História.   Também fica obrigatório que em cada semestre seja exibido pelo menos um filme, dramático ou documental, sobre o holocausto.

Fonte: Jornal de Gramado

terça-feira, 10 de maio de 2011

Saúde pública no Estado do Rio de Janeiro



Fonte: You Tube
Autorização: Gabinete do Exmo Deputado Paulo Ramos

Este vídeo narra a saúde no Estado do Rio de Janeiro, ele é estarrecedor quando fala que somos campeões mundiais de Hanseníase, campeões nacionais de Tuberculose e quando mostra como a pesquisa esta sendo negligênciada pelo poder público no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Propostas de novas unidades federativas do Brasil

http://pt.wikipedia.org/wiki/Propostas_de_novas_unidades_federativas_do_Brasil

Este texto da wikipedia é bastante elucidativo, mostrando todas as propostas de estados novos no Brasil!

Engº. Alberto C. Filho

Impacto de Nova Redivisão Territorial na Geração e Riquezas, Desenvolvimento e Administração

http://www.senado.gov.br/senado/conleg/artigos/economicas/ImpactodeNova.pdf

   Este texto de 2002 aponta todos os pontos analisados no Congresso para a criação de novas unidades federativas.   
   Acho este texto muito pertinente no  momento em que se discute o desmembramento do Pará em três novos estados!

Engº. Alberto C. Filho

Representantes do governo atribuem alta da gasolina à popularização dos carros flex

[Cid Caldas, senador Acir Gurgacz, Rutelly Marques e Ricardo de Gusmão Dornelles em audiência sobre mercado de etanol]

   Técnicos do governo federal afirmaram nesta sexta-feira (6), em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), que a principal causa do reajuste dos preços da gasolina, nos últimos meses, foi o aumento do número de carros flex na frota brasileira.

   De acordo com o coordenador do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Cid Jorge Caldas, a produção nacional de álcool hidratado não conseguiu, sobretudo nos dois últimos anos, acompanhar o aumento do número de veículos bicombustível saídos das fábricas.

   O aumento da demanda por álcool hidratado provocou, segundo ele, a redução da oferta do álcool anidro que é misturado à gasolina, causando o encarecimento deste combustível.

   - O grande problema está na produção de veículos automotores [flex].   Não estou querendo dizer com isso que se tem que parar com a produção e venda de carros. Mas o fato é que, enquanto um veículo pode ser fabricado a cada 15 minutos, a cana-de-açúcar, precisa de pelo menos 12 meses para ser colhida depois de plantada - disse Caldas.

   O coordenador apontou ainda como fator importante na elevação dos preços do álcool a redução dos percentuais de crescimento na produção de cana-de-açúcar.   De 15% na safra de 2007/2008, caiu nos períodos seguintes a 13,7%, 7% e 3%. 

Financiamento de estoques 
   O secretário-adjunto da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Rutelly Marques da Silva, também se referiu ao aumento da demanda de álcool causado pelo maior número de carros flex em circulação nos últimos anos.

   Em sua avaliação, uma providência fundamental a ser implementada pelo governo federal para resolver o problema da variação dos preços do álcool e da gasolina é a implementação de um novo programa de financiamento de estoques armazenados nas próprias usinas.   Segundo ele, nos últimos, a despeito de o governo ter disponibilizado recursos para estocagem, nem todo o dinheiro foi usado.

   Rutelly citou considerou ainda como instrumento importante para a regulação de preços dos combustíveis, a variação da percentagem de álcool na gasolina.   Com a edição da Medida Provisória 532/11, no final do mês passado, a percentagem mínima de álcool na gasolina passou de 20% para 18%.   A redução pode promover uma maior oferta do insumo e viabilizar a redução dos preços dos dois combustíveis.

Crise de 2008 
   Segundo o secretário-executivo do Fórum Nacional Sucroenergético, Pedro Luciano Penna Rocha Oliveira, a estagnação na produção de cana-de-açúcar ocorrida neste ano se deu em função da não implantação de novas usinas de álcool a partir da crise de 2008.

   - Em 2007 o setor sucro-alcooleiro tinha 113 projetos para construção de novas unidades, mas somente 40 destes foram implantados efetivamente.   A crise de 2008 bloqueou os créditos previstos para construção destas usinas - disse.

   Respondendo a questionamento do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), presidente da CRA, o diretor do Departamento de Recursos Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo de Gusmão Dornelles, considerou que o problema da escassez de produção de álcool não pode ser resolvido no curto prazo.

   - A produção para esta safra está dada, por isso não haverá um aumento significativo da produção de cana.   Nas duas próximas safras será possível se reverter, em algum nível, não muito elevado, fazendo uma otimização da renovação de canaviais e incentivo a capacidade ociosa das usinas existentes.   Mas estamos trabalhando um conjunto de medidas para possibilitar, a médio prazo, a construção de novas usinas - garantiu.

Fonte:  Agência Senado

A questão é muito simples para o consumidor brasileiro.  Não dá para pagar mais de três reais pelo litro da gasolina....
Engº. Alberto C. Filho

domingo, 8 de maio de 2011

Complexo composto por museu, mesquita e centro islâmico será construído na Albânia

   O escritório dinamarquês BIG, do arquiteto Bjarke Ingels, em parceria com os escritórios Martha Schwartz Landscape, Buro Happold, Speirs & Major, Lutzenberger & Lutzenberger e Global Cultural Asset Management venceram o concurso para o projeto de um centro cultural e religioso de 27 mil m² na cidade de Tirana, capital da Albânia.

Divulgação: BIG
Estruturas são curvadas para ficar na direção de Meca

   O complexo é composto por três edifícios: uma mesquita, um centro islâmico e um museu. A arquitetura do edifício foi pensada a partir de dois eixos que se cruzam no terreno central. O primeiro é o eixo que as quadras da cidade de Tirana devem seguir, e que se cruzam com o eixo de orientação para a cidade de Meca.

   A base da mesquita segue a orientação de Meca, enquanto o seu topo fica alinhado com o eixo das quadras. Assim, o edifício fica com a estrutura curvada.   Além disso, a praça criada em frente à mesquita também fica de frente para Meca e conta com uma minarete ao fundo.

   Os outros dois edifícios também foram pensados com parte da estrutura curvada, fazendo que as edificações em volta da praça formem uma espécie de mesquita sobre a praça: uma mesquita para todos.
"A proposta do BIG foi escolhida por criar um espaço público convidativo e suficientemente versátil a ponto de acomodar desde usuários diurnos até grandes eventos religiosos, ao mesmo tempo que se conecta harmoniosamente com a praça Scanderbeg, com a cidade de Tirana e com seus cidadãos e suas diferentes religiões", disse o prefeito de Tirana, Edi Rama.

   A mesquita pode acomodar até mil pessoas, mas se esses espaços livres forem utilizados, a capacidade pode chegar a dez mil pessoas em dias santos. As fachadas dos edifícios contas com recortes retangulares, de modo a fornecer sombra e privacidade, e ao mesmo tempo permitir visão de dentro para fora.

   "Esse projeto é muito significante para nós por duas razões: Primeiro, é um privilégio contribuir para o ambicioso rejuvenescimento da cidade de Tirana.   Em segundo lugar, é importante contribuir para a tolerância religiosa, fornecendo um projeto de uma mesquita para a cidade, que já conta com catedrais ortodoxas e católicas", disse Ingels.

Divulgação: BIG
Centro terá 27 mil m²

Divulgação: BIG
Estruturas formam uma espécie de mesquita aberta

Divulgação: BIG
Capacidade da mesquita pode chegar até dez mil pessoas em dias santos

Divulgação: BIG
Ao fundo, é possível ver a minarete projetada pelo escritório

Divulgação: BIG
Interior da mesquita

Divulgação: BIG
Museu trará elementos da cultura muçulmana

Divulgação: BIG
Centro islâmico terá informações sobre a cultura do Islã
Divulgação: BIG
Mesquita


Divulgação: BIG
Mesquita de Tirana


Divulgação: BIG
Implantação


Divulgação: BIG
Malha viária de Tirana


Divulgação: BIG
Direção da Meca


Divulgação: BIG
Mesquita


Divulgação: BIG
Praça


Divulgação: BIG
Ablução - área para purificação religiosa


Divulgação: BIG


Fonte: aU

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Preço do combustível é motivo de discórdia em todo mundo

   No Brasil o preço do combustível atingiu preços abusivos nos últimos meses, subindo todo mês e se mantendo sempre lá em cima.   A população não pode deixar de rodar com seus veículos porque é fato que o sistema de transporte público, principalmente das grandes metrópoles não é suficiente para absorver toda a demanda populacional existente.

   Em São Paulo, o preço do combustível atingiu níveis exorbitantes.   A gasolina comum é encontrada na casa de R$ 2,80 em todos os postos da capital, enquanto o preço do etanol gira em torno de R$ 2,50 nos mesmos postos, em casos raros sendo encontrado próximo de R$ 2,30, mas nunca por menos.   Isso é claro quando os postos têm ainda etanol para fornecer.

   O combustível derivado da cana-de-açúcar chegou ao nível em que está porque os usineiros, percebendo a falta de açúcar no mercado internacional, trocaram a produção de etanol pelo açúcar para exportação - muito mais vantajosa para seu negócio – em meio à entressafra brasileira deixando o estoque do combustível baixo jogando assim o preço nas alturas.   Como 80% da frota brasileira hoje é flex e na mesma porcentagem, eles rodavam com álcool, o baque no bolso ao parar para abastecer foi perceptível.

   A gasolina voltou a ser procurada pelo consumidor quando o álcool atingiu um nível em que a proporção para o preço da gasolina não era mais vantajoso e isso aumentou o preço também, porque a demanda se tornou igualmente maior que a produção vigente do combustível fóssil.

   O brasileiro não foi às ruas e nem parou de abastecer, mas começou uma campanha nas redes sociais para demonstrar sua revolta contra o abuso no preço do combustível, onde convocava todos a um ato de repúdio ao valor do combustível.   Isso repercutiu e o governo se reuniu para discutir o abastecimento agora e para os próximos 10 anos no mercado interno sem abrir mão da cota para exportação.

   Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que em 2010 o consumo de etanol foi de 22,1 bilhões no país, queda de 2,1% em relação a 2009. Segundo a agência, essa foi a primeira queda desde 2003 quando surgiram os primeiros modelos flex no mercado.

   Se você acha que o combustível com preços exorbitantes em relação ao nível de vida da população é exclusividade do Brasil está muito errado.   Essa semana na Itália houve um movimento onde as pessoas correram para as bombas ao serem informados que haveria um aumento no preço, bem como incentivou a criação de um aplicativo para smartphones chamado Preço de Gasolina, que monitora o preço dos combustíveis na área onde você está num raio de 10 km e mostra a melhor opção.

   Na Alemanha, o caso envolvendo combustível beira o bizarro.   Um posto de combustível na cidade de Filderstadt, próximo a Stuttgart, colocou o preço da gasolina premium ao preço de 9.99 euros o litro, o que na cotação atual é o equivalente a R$ 23,36 por litro, para coibir a compra do combustível pelos motoristas.

   A desculpa dada pelos proprietários a um jornal local é a de que eles aumentaram o preço tentando evitar que a gasolina acabasse no momento em que o país enfrenta uma seca nas bombas semelhante ao caso brasileiro.

   O problema é que a "pequena" mudança no preço não foi devidamente apresentada e muitos motoristas enchiam o tanque de seus carros [na Europa a maioria dos postos você mesmo é quem abastece seu carro e na hora de pagar tinham uma amarga surpresa com cifras que chegaram a 210 euros por 21 litros de gasolina e que terminou como caso de polícia.

   A solução no Brasil parece estar longe, mas ontem, 28, o Secretário-adjunto de política econômica do Ministro da Fazenda, Gilson Bittencourt, disse que a partir de maio o abastecimento do etanol nos postos será normalizado e que os preços devem começar a cair novamente.   Bittencourt disse que em conversa com representantes da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), eles garantiram que o fornecimento será restabelecido com o fim da entressafra da cana de açúcar.

   O representante do governo finalizou dizendo que espera ver uma queda no preço da gasolina como resultado do fornecimento de álcool novamente.   "Se tiver mais álcool, você força uma menor demanda do álcool anidro [que é o álcool misturado em 23% a gasolina].   Isso tende a baixar o preço do álcool anidro e conseqüentemente o da gasolina.   Quanto mais cair um, mais tende a cair outro", declarou.

   É nítido com as notícias acima que o mercado automotivo precisa e deve continuar investindo em pesquisas para novas fontes de energia renováveis para os automóveis, sem que haja perda de desempenho ou conforto.   Hoje, os híbridos e os elétricos já são o presente e não mais o futuro.   Tecnologias como a de célula de hidrogênio que tem sido testadas, podem levar o conceito de combustível e mobilidade a outro nível ainda.   A nós resta esperar, afinal como diz a música: “o novo sempre vem”.

Fonte: Carmagazine

Grandes construções do Governo Federal serão aproveitadas para ampliação de redes de fibra ótica


   As grandes obras previstas para os próximos anos, como o Trem de Alta Velocidade (TAV), devem ser aproveitadas pelo Governo Federal para a ampliação da rede de fibras óticas do País, conforme declarou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em audiência pública na Câmara dos Deputados, ocorrida na última quinta-feira (28).

   De acordo com Bernardo, a exigência de instalação de fibra ótica abrangerá obras infraestruturais e projetos referentes à Copa de 2014, podendo ser implantada por meio de decreto presidencial.

   Na semana passada, o ministro já havia afirmado que "a banda larga é prioridade absoluta para a presidenta Dilma".   Segundo ele, a presidenta deseja dotar o País inteiro da infraestrutura de comunicação necessária para que a população tenha acesso mais rápido à internet, até 2014.   Os investimentos serão feitos pelo Governo e pela iniciativa privada.

Fonte: Constr.merc

domingo, 1 de maio de 2011

Ministro Nelson Jobin no Clube de Engenharia

   O Clube de Engenharia recebeu, no dia 25 de abril, na reunião do Conselho Diretor, o ministro de Estado da Defesa, Nelson Jobim, acompanhado pelo Almirante Júlio Soares Moura Neto, Comandante da Marinha, pelo General Enzo Martins Peri, Comandante do Exército e pelo Major Brigadeiro Luiz Carlos Terciotti, que representou o Tenente-Brigadeiro Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica.   O ministro apresentou aos conselheiros, oficiais das forças armadas e à imprensa presente a Estratégia Nacional de Defesa e falou da evolução da área nos últimos anos.

   A baixa prioridade às políticas de defesa e os desafios enfrentados no início do governo Lula na área – como a falta de quadros civis capacitados para a direção dos assuntos de defesa, a baixa capacidade de direcionar e integrar as políticas setoriais das três forças e a baixa adesão das lideranças militares ao novo formato institucional da direção da defesa, entre outros –, foram expostos e comparados com os avanços evidentes do setor, desde as reformas de 2004 e 2010.

   De acordo com o ministro, a agenda internacional de defesa está hoje à altura do novo patamar ao qual o governo alçou a política externa brasileira. “Temos hoje diversas possibilidades do incremento do relacionamento militar com nações que antes nem imaginávamos, não só para construir pontes, mas também para desarmar iniciativas que poderiam ser nocivas aos interesses nacionais e à nossa soberania”, explicou o ministro, citando a tentativa de construir o conceito de “Bacia do Atlântico”.

   No âmbito do interno, Jobim comentou a importância das forças armadas no suporte às forças de segurança pública. “Graças às reformas de 2004 e 2010, as forças armadas têm poder de polícia que viabiliza, inclusive, a sua participação em ações como as que ocorreram no Rio de Janeiro em relação, por exemplo, ao Complexo do Alemão e o Complexo da Penha.   Os militares brasileiros estão aí para servir às necessidades brasileiras, sejam elas internas ou externas”, afirmou.

   Defesa como ferramenta estratégica Nelson Jobim foi enfático sobre a importância de se manter o patamar ao qual a defesa nacional foi alçada nos últimos anos e da necessidade de uma política de comedimento e de absoluta moderação, sem impor condições de um país, mas que tenha uma estratégia de cooperação com os vizinhos sul-americanos para que o subcontinente tenha capacidade dissuasória.  “A América do Sul é a maior reserva de energia renovável e não renovável do mundo, o maior produtor do mundo de proteína vegetal e animal, temos as duas maiores reservas de água potável do mundo: a Amazônia e o Aqüífero Guarani. É da defesa dessas riquezas que estamos tratando: energia, alimento e água”.

   Segundo o ministro, ficou para trás o pacifismo ingênuo que dominava a área da defesa.   “Não se trata de conflito, de guerra, mas de uma estrutura de hard power que possa assegurar uma política soft power internacional.   Uma coisa não sobrevive sem a outra”.   O ministro falou, ainda, do esforço feito para manter no Brasil os novos talentos, freqüentemente levados pelas empresas privadas para outros países.

   Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, entregou a Nelson Jobim uma placa em agradecimento pela visita.   O ministro entregou ao Clube uma cópia da Estratégia Nacional de Defesa e o livro Segurança Internacional – Perspectivas Brasileiras, que tem como organizadores, o próprio ministro, Sergio W. Etchegoyen e João Paulo Alsina, além de uma placa cumprimentando o Clube pela iniciativa.

Fonte: Clube de Engenharia

Técnica de barreira dinâmica para contenção de queda de rochas.


Esta técnica já é usada na europa e esta começando a ser utilizada em São Paulo.

Norman Foster projeta edifício do CITIC Bank, em Hangzhou, na China.

 

   Foi iniciada a construção do projeto do escritório Foster + Partners para a sede do CITIC Bank, na cidade de Hangzhou, na China.   O edifício é construído ao lado do Rio Qian Jiang, local que está se tornando um novo centro empresarial na cidade. Segundo o escritório, o edifício deverá se tornar um ícone no local.

Divulgação: Foster + Partners


   O projeto se destaca pela sua forma multifacetada: na face sul, a fachada próxima à base do edifício toma a forma de "V" simétrica.   Acima desse ponto, os pavimentos se alongam para permitir vistas panorâmicas.   A estrutura aparente da face norte foi desenhada também em formas geométricas, sempre na cor bronze.

   As fachadas, em vidro, permitem a iluminação natural.   Além disso, o escritório afirma que o edifício maximiza a área permitida para sua construção e não atrapalha a visão de outros edifícios ao redor.

   Na base da torre, uma copa com 30 m de altura em forma de "A" se estende por 72 m, para proporcionar uma "experiência dramática" de entrada. Através da copa é possível chegar ao átrio em forma de diamante, que vai até o topo do edifício de 20 pavimentos, para permitir a ventilação natural. Nos últimos andares, há jardins, além de um mezanino, que conta também com uma área VIP e salas de reuniões.

   Segundo David Nelson, do escritório Foster + Partners, "a torre tem uma posição proeminente em Hangzhou, junto a um dos mais famosos marcos históricos da cidade.   O nosso desafio foi criar um novo edifício, que se harmoniza com o seu entorno e ainda tem a sua própria integridade e presença".

Divulgação: Foster + Partners

Divulgação: Foster + Partners


Fonte: aU