quinta-feira, 31 de março de 2011

Médicos sem fronteira - Conheça este belo trabalho!

http://www.msf.org.br/

Centro Cultural Oscar Niemeyer na Espanha

Será inaugurado amanhã para o público o Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Avilés, Principado de Astúrias, na Espanha. Este é o primeiro empreendimento do arquiteto brasileiro no país europeu. O local havia sido aberto no aniversário de 103 anos do arquiteto, em dezembro do ano passado, mas só agora o acesso ao público será liberado.
Divulgação: Centro Cultural Oscar Niemeyer
Obra foi construída toda em concreto, marca do arquiteto

O projeto do Centro Cultural foi doado pelo arquiteto à Fundação Príncipe de Astúrias como uma forma de agradecimento ao prêmio recebido da instituição em 1989. Com uma área construída de 14,3 mil m², o empreendimento é composto por um auditório com capacidade para 900 espectadores, um espaço de exposição de cerca de 4 mil m², um mirante e um edifício polivalente que abrigará cinema, salas de ensaio, de reuniões e de conferências, entre outros espaços da administração. No exterior, há uma praça central para espetáculos e atividades ao ar livre.
"É um terreno muito esplêndido, com 200 m por 100 m, aberto sobre a paisagem, de modo que a ideia natural era criar uma praça", afirma Oscar Niemeyer em um vídeo explicativo do projeto. "De um lado, está o auditório e, do outro, o museu. Queria que o terreno estivesse limpo, no mesmo nível com os dois prédios, dando mais ênfase para a arquitetura", completa.
Para não deixar os dois prédios "soltos no terreno", o arquiteto projetou uma passarela para interligar o auditório e o museu. O edifício polivalente, por sua vez, fica ao fundo do terreno. "No prédio da administração, um bloco todo envidraçado sobre pilotis, foram a simplicidade e a flexibilidade interna que procurei atender em primeiro lugar", conta o arquiteto.
Já o auditório foi projetado como um palco aberto para a praça. Assim, tanto as pessoas que estão sentadas na plateia, como quem está do lado de fora do prédio consegue assistir às apresentações.
No museu, por fim, Niemeyer opta por contrastar a simplicidade da cúpula externa com um ambiente interno moderno. "O piso intermediário que projetei cobrindo parte do grande salão e criando níveis diferentes vai dar ao interior do edifício um aspecto mais leve e variado", afirma.
Divulgação: Centro Cultural Oscar Niemeyer
Local havia sido aberto no aniversário de 103 anos do arquiteto, em dezembro do ano passado

Divulgação: Centro Cultural Oscar Niemeyer
Projeto do Centro Cultural foi doado pelo arquiteto à Fundação Príncipe de Astúrias

Divulgação: Centro Cultural Oscar Niemeyer
Vista aérea do centro

Fonte: aU e pini

Metropol Parasol servirá como revitalização da Plaza de La Encarnación, em Sevilha

Mauricio Lima

Foi inaugurado ontem, em Sevilha, na Espanha, o Metropol Parasol, projeto de revitalização de uma das principais praças da cidade, a Plaza de La Encarnación. O projeto, do escritório alemão J. Mayer H. Architects, é considerado uma das maiores estruturas de madeira do mundo. O concurso para a revitalização da praça foi realizado em 2004.
Divulgação
Estrutura é feita toda de peças de madeiras cobertas por uma fina camada de poliuretano

Toda a estrutura do local é feita de madeira coberta por uma fina camada de poliuretano. Inicialmente, o terreno seria transformado em um estacionamento, mas após descobertas arqueológicas no local, a prefeitura de Sevilha decidiu transformar o local em um centro cultural. O edifício abrigará um museu, uma praça elevada, um restaurante e observatórios no topo da estrutura.
Abaixo da estrutura, haverá uma praça coberta, visando a interação entre os moradores da região. Segundo os arquitetos, "o Metropol Parasol explora o potencial da Plaza de La Encarnación de se tornar o novo centro urbano de Sevilha". "A infraestrutura bem desenvolvida ajuda a praça a se ativar, tornando-a um destino atrativo para turistas e para moradores locais", relatam os arquitetos.
O edifício é formado por peças de madeira encaixadas umas nas outras. As peças deixam um espaço livre para a passagem do sol. Além disso, as cores neutras da estrutura contrastam com as cores fortes das construções da região.
Divulgação
Construção demorou aproximadamente seis anos

Divulgação
Espaço deverá se tornar um destino atrativo na cidade de Sevilha

Divulgação
Vista aérea da Plaza de la Encarnacion durante a construção do Metropol

Fonte: aU

Earth movements from Japan earthquake seen from space

Interferogram showing ground movement
Interferogram showing ground movement
30 March 2011
Satellite images have been essential for helping relief efforts in Japan following the massive quake that struck on 11 March. Now scientists are using ESA’s space radars to improve our understanding of tectonic events.

Scientists are calling on data from the advanced radar on ESA’s Envisat satellite to map surface deformations caused by the magnitude-9 earthquake.
Studying data acquired on 19 February and 21 March, scientists from NASA’s Jet Propulsion Laboratory have detected a ground shift of about 2.5 m eastwards and a downward motion of Honshu Island’s east coast.
Scientists from Italy’s Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia have used the same Envisat data to show a large portion of the surface displacement, with a maximum shift of 2.5 m.  

Interferogram of surface displacement
Map of terrain displacement
These first results, covering an 800 km-long strip over Sendai and Tokyo, show movement far away from the epicentre (denoted by the red star in the top image) in the Pacific Ocean.
The complex technique being used by the scientists is known as ‘InSAR’ – synthetic aperture radar interferometry. It combines before and after radar images of the same ground location from the same position in space in such a way as to detect ground motion down to a few millimetres.
These analyses could only be made now because Envisat’s orbit repeats every 30 days. After capturing the area on 19 February –before the earthquake – Envisat’s repeat scan from the same position in space came on 21 March. Envisat is still making repeat visits to cover the full area.
Another veteran ESA satellite is also contributing to the Japan radar coverage. After 16 productive years, ERS-2 will end its mission this year, but its repeat cycle was fortuitously changed earlier this month from 35 days to 3 days to collect innovative radar information.
Its three-day repetition is providing partial coverage over Japan, north of Sendai. Collection of ERS-2 radar data over this area began after the main earthquake with the aim of mapping the aftershocks. Scientists are now working on these data.
This disaster marks the first time that multiple space agencies – ESA, the German Aerospace Center and the Japan Aerospace Exploration Agency – are openly providing SAR data for understanding tectonic processes under the GeoHazard Supersites initiative, coordinated by the Group on Earth Observations.
 

GPS coseismic measurement of Sendai earthquake
GPS coseismic measurement of Sendai earthquake
The initiative is stimulating international efforts and fostering collaboration between space agencies, in-situ data providers and users to further our understanding of geological risks.
The initiative provides scientists with access to in-situ and spaceborne data, including 20 years of satellite radar observations.
This joint collaboration, incorporating all available space and ground data, is an efficient way to make significant progress in assessing the area’s future vulnerability while reconstruction is under way.

Fonte: ESA

Germany - ESA revela modelo gravitacional da Terra.

Geoide, da Esa

A Agência Espacial Européia (sigla ESA, em inglês) acaba de produzir o mais preciso geoide - tipo de mapa da força da gravidade da Terra -, a partir de informações coletadas pelo satélite Goce, o que permitirá um entendimento melhor do funcionamento do planeta. Segundo a ESA, cientistas têm agora acesso ao mais acurado geoide da História.

O geoide é a superfície de um oceano global ideal, sem marés ou correntes, moldada somente pela gravidade. É uma referência essencial para mensurar a circulação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo, todos afetados pela mudança climática.

O satélite Goce conseguiu coletar informações suficientes para criar um modelo mais acurado da força da gravidade terrestre depois de apenas dois anos em órbita. Cientistas acreditam que o satélite Goce vai gerar imagens e informações da topografia terrestre dinâmicas e padrões de circulação dos oceanos com qualidade sem precedentes de resolução.

O novo geoide foi apresentado nesta quinta-feira, durante o 4º Seminário Internacional do Goce, em Munique, na Alemanha.


Geoide, da Esa
Geoide, da Esa


Fonte: G1

quarta-feira, 30 de março de 2011

Volkswagen made in GERMANY!



Exterior da fábrica da Volkswagen



E para visitá-la, tem um trem especial que chega até a porta



Este outro trem é para transporte de peças


Já no interior da fábrica





Este piso é a linha dos conjuntos, e vai se movimentando na medida que cada auto agrega as peças, e prove que tudo está perfeito.



A linha de montagem está entre os pontos no piso



Os técnicos de montagem entram praticamente na carroceria do auto



Cada conjunto conta individualmente com uma rampa que se eleva de forma hidráulica.
Os círculos marcam a área que se move e avança de maneira continua. Mas no caso de ter
que ver embaixo do auto...



Tem essas gruas que giram e colocam na posição e no ângulo desejado pelo operador. Como são telescópicas, podem deixar o auto na altura exata, para colocar qualquer peça de maneira precisa



E agora as gruas se movem na linha de montagem superior



Vão carreando os autos aonde estão as peças, e não o contrário…



Quer dizer que vão montanto, como se fosse um jogo Lego



Nesta área colocam os motores e câmbio



Motores segundo as especificações solicitadas pelos clientes. Note que os instrumentos de
medição são Informatizados



Caso necessário, tem a ferramenta correta e precisa



Operários com macacões brancos





O carro terminado



Como está encerrada a montagem... precisa ser estocado



Os carros são armazenados nesta torre de autos em Wolfsburg, Alemanha. Serve também como vitrine
mostrando a produção aos visitantes e passantes. A cada quarta-feira cerca de 5.500 carros preenchem esta vitrine.
Vale lembrar que este tipo de produção se repete nas marcas Audi, Bentley e Lamborghini.

Fonte: IE

segunda-feira, 28 de março de 2011

O acidente de fukushima-daiichi: as lições aprendidas até o momento

Leonam dos Santos Guimarães*
O medo é a forma mais eficaz de controle social: sociedades amedrontadas reagem como manadas, se deixando levar pelo primeiro grito de alerta. Em nome da redução de uma ameaça superestimada lideranças podem agir livremente em busca de outros objetivos, alheios à redução da própria ameaça

  Às 14:46 da sexta-feira passada, hora local, o Nordeste do Japão foi atingido por um terremoto de 9,0 graus na escala Richter cujo epicentro foi bem próximo ao litoral e a poucos quilômetros abaixo da crosta terrestre, o maior que se tem registro histórico a atingir uma área densamente populosa e com alto desenvolvimento industrial.   Mesmo para um país de alto risco sísmico e cuja cultura e tecnologia se adaptaram para tornar este risco aceitável, tal evento, numa escala de probabilidade de 1 em cada 1.000 anos, superou toda capacidade de resposta desenvolvida ao longo de séculos pelo Japão.Como era previsível, dado que nenhum projeto de engenharia é dimensionado para resistir a um evento de tal grandeza, a maior parte das construções e todas as instalações industriais com riscos de explosões e liberação de produtos tóxicos ao meio ambiente, tais como refinarias de óleo, depósitos de combustíveis, usinas termelétricas e indústrias químicas, localizadas na região atingida colapsaram imediatamente, causando dezenas de milhares de mortes e um dano ambiental impossível de ser determinado no momento.

  Somente as 14 usinas de geração elétrica distribuídas pelas três centrais nucleares da região afetada (Onagawa – 3 unidades, Fukushima Daini – 4 unidades, Fukushima Dai-ichi – 6 unidades e Tokai – 1 unidade), todas do tipo BWR, que representa 25% da frota mundial de 440 usinas (65% do tipo PWR, dentre as quais as brasileiras e 10% de outros tipos ) resistiram às titânicas forças liberadas pela natureza, todas tendo desligado automaticamente e se colocado em modo seguro de resfriamento, mesmo após ter sido perdida toda a alimentação elétrica externa.

  Entretanto, cerca de 1 hora após o terremoto, ocorreu um efeito colateral de grandeza inesperada: uma onda tsunami que alcançou 10 metros de altura varreu a costa, penetrando vários quilômetros terra adentro, que é particularmente plana.   Este outro evento de probabilidade multimilenar varreu os destroços de construções e instalações industriais juntamente com as centenas de milhares de desabrigados deixados pelo terremoto .

  As 8 usinas das centrais nucleares de Onagawa, Fukushima Daini e Tokai conseguiram resistir a mais esse evento para o qual não foram projetadas Entretanto, as 6 usinas de Fukushima Dai-ichi não foram capazes de superá-lo.   O tsunami colocou fora de operação todos os mais de uma dezena de diesel-geradores disponíveis no local, bem como seus tanques de combustível, interrompendo o processo de resfriamento que vinha sendo conduzido com êxito. Este fato tem levado a uma seqüência de problemas graves que tem impedido, até o momento, que as usinas atinjam uma condição segura .   As recentes notícias de restabelecimento da alimentação elétrica externa fazem, entretanto, acreditar que essa condição venha a ser atingida nos próximos dias.


  Em resposta aos problemas iniciais enfrentados pela unidade 1 de Fukushima Dai-ichi, o Governo japonês acionou o Plano de Emergência Externo da central, evacuando preventivamente os já desabrigados habitantes da primeira zona de 5 quilômetros de raio em torno do reator avariado.   Vendo a situação se agravar na unidade 1 e iniciarem-se problemas semelhantes nas unidades 2 e 3, o raio de evacuação preventivo foi ampliado inicialmente para 10 e depois para 20 quilômetros (com as populações entre 20 e 30 quilômetros colocadas sob abrigagem), o que ultrapassa as ações previstas por normas internacionais que regem o planejamento de emergência nuclear (evacuação máxima em 5 km, abrigagem em 15km), na medida que esses procedimentos foram concebidos para um acidente grave em 1 usina e não em várias simultaneamente na mesma central.

  Essas ações do governo Japonês são compatíveis com o fato do acidente ter sido inicialmente classificado pela Autoridade de Segurança Nuclear nacional (NISA) como classe 4 e posteriormente agravado para classe 5 na escala internacional INES (International Nuclear Event Scale) .   Notícias divulgadas pela mídia sobre classificação do acidente como classe 6 não são baseadas em dados oficiais.

  O Governo Japonês, num esforço inimaginável, conseguiu concluir a evacuação de mais de 100.000 vítimas sobreviventes ao terremoto e tsunami dos 20 quilômetros no entorno da central nuclear em poucos dias, mesmo enfrentando toda a destruição previamente causada na região.   Essa tarefa hercúlea garantiu que, mesmo que venha a acontecer uma liberação importante de materiais radiativos, as populações que seriam afetadas estão a salvo dos efeitos decorrentes.   Os recentes resultados da monitoração de taxas de dose no entorno de 30 quilômetros da central demonstram que os níveis não são alarmantes e estão decrescendo , o que faz com que todas as atenções sejam voltadas ao restabelecimento da energia externa e à retomada do resfriamento em condições satisfatórias.

  Que lições podem ser aprendidas pela indústria nuclear até o momento?   A primeira delas é que as usinas nucleares são as construções humanas melhor adaptadas a resistir a eventos naturais de severidade milenar, como mostram as centrais de Onagawa, Fukushima Daini e Tokai.   Outra é que a resistência das usinas nucleares localizadas em áreas de alto risco sísmico, especialmente aquelas em zonas costeiras sujeitas a tsunamis, que são muito poucas dentre as 440 em operação no mundo , deve ser reavaliada e, eventualmente, reforçada.

  Isto porque, mesmo no contexto da tragédia que se abateu sob o Japão, a maioria das usinas nucleares afetadas permanecem em condição segura, não implicando em nenhuma conseqüência adicional às populações já atingidas e aquelas, em minoria, que não resistiram plenamente, tiveram suas conseqüências mitigadas pelo acionamento de um Plano de Emergência Externo ampliado, que está protegendo as populações evacuadas mesmo para as condições em que venha a ocorrer o pior caso de liberação de material radioativo, o que até o presente não ocorreu e as informações atuais indicam que não ocorrerá.

  Obviamente, esses poucos argumentos técnicos não encerram o debate. Nas sociedades democráticas, como a brasileira, ele está apenas se iniciando e deverá resultar numa indústria nuclear ainda mais segura. Devemos, entretanto, nos precaver de decisões precipitadas, tomadas pelo calor da emoção ou por oportunismo, que venham a prejudicar as próprias sociedades às quais se pretende defender, como seria o caso de uma “proscrição” da geração elétrica nuclear, com paralisação de usinas em operação e de projetos em construção em planejamento.
 
Certamente, passada a fase acidental que ainda vivemos, a análise técnica profunda do evento levará a muitas outras lições aplicáveis não só as usinas do tipo BWR, mas também às demais em operação, bem com àquelas que estão em projeto e construção, aperfeiçoando a segurança num processo de melhoria contínua.   Isso ocorre sistematicamente na indústria nuclear mesmo para eventos pouco significativos, quanto em mais em eventos severos como o que se vivencia hoje.   Foi assim para os acidentes de Three Miles Island em 1979 nos EUA e de Tchernobyl, na ex-URSS .

  Note-se que quaisquer comparações do que pode ainda vir a ocorrer em Fukushima Dai-ichi com o que ocorreu em Tchernobyl não são tecnicamente corretas, na medida em que, naquele trágico acidente, os materiais radioativos foram dispersos em grande quantidade e a grandes distâncias devido à energia liberada pelo incêndio de centenas de toneladas de grafite que havia no interior do reator, que levou vários dias para ser apagado, ao custo da vida de dezenas de heróicos “terminators”.   Num reator a água, que não usa grafite nem outra forma de acumulação de grande quantidade de energia liberável em curto período, como são os BWR afetados e os PWR que juntos compõe cerca de 90% da frota mundial, não existe energia disponível para tal dispersão.   No pior caso, essa dispersão se limitaria ao raio de evacuação e, em menor quantidade, ao raio de abrigagem já estabelecidos na região.

  Demandas por ações imediatas no sentido de desligar usinas em operação ou interromper obras de usinas em construção são precipitadas pelo clima catastrofista que tem sido predominante na divulgação do evento pela mídia, que influencia fortemente a opinião pública, ou deflagradas por razões de natureza política e ideológica, as quais, ainda que legítimas nas sociedades democráticas, não encontram fundamento técnico que as suportem.


Doutor em Engenharia Naval e Mestre em Engenharia Nuclear. Assessor da Presidência da Eletrobrás Eletronuclear e membro do Grupo Permanente de Assessoria da Agência Internacional de Energia Atômica. Fonte: IE

  Após este texto elucidativo sobre a questão nuclear mundial, em especial a situação do Japão eu volto a reafirmar que não temos outra opção de abastecimento energético que satisfaça a demanda humana no momento.    Podemos voltar ao século XVIII (abrindo mão de toda sociedade tecnológica) ou enfrentamos o problema nuclear desenvolvendo padrões mais rígidos de segurança (Estes padrões já são extremamente rígidos).    Os ganhos com o conhecimento atômico são magnanimos se comparados as pontuais perdas.

Dr. Alberto Cohen Filho 

O cosmonauta russo que foi enviado ao espaço sabendo que iria morrer



O cosmonauta Vladimir Komarov sabia que iria morrer quando deixou a Terra e foi para o espaço na Soyuz 1. O amigo dele, Yuri Gagarin – o primeiro homem a chegar ao espaço – também sabia que Komarov faria isso. Mas Leonid Brezhnev, líder da União Soviética, quis comemorar o 50o. aniversário da Revolução Comunista com um espetáculo. Então Komarov embarcou na Soyuz 1, e assim como previsto, acabou morrendo. A foto acima mostra os restos mortais dele.

O livro Starman, por Jamie Doran e Piers Bizony, examina a história de Gagarin e Komarov, e como eles não poderiam impedir a URSS de seguir em frente com a missão. A NPR diz:

Gagarin e alguns técnicos seniores inspecionaram a Soyuz 1 e encontraram 203 problemas estruturais – problemas sérios que tornariam este equipamento perigoso para se navegar no espaço. A missão, sugeriu Gagarin, deveria ser adiada.


Vladimir Komarov
Gagarin redigiu um memorando de 10 páginas e o deu a seu melhor amigo na KGB, Venyamin Russayev, mas ninguém ousou enviá-lo para membros mais poderosos no comando. Todo mundo que viu o memorando, inclusive Russayev, ou foi rebaixado de cargo, ou demitido, ou enviado para a Sibéria.

Komarov não poderia recusar a missão porque o cosmonauta que iria em seu lugar, caso ele não fosse, seria seu amigo Gagarin. Então ele aceitou, e quando tudo falhou como previsto – antenas não se abriram, a energia deu problemas, a navegação era difícil – o serviço de inteligência americano capturou as lamentações furiosas de Komarov “insultando as pessoas que o colocaram dentro de uma nave espacial estragada”.

Fonte: IE

sexta-feira, 25 de março de 2011

"São Paulo, Brasil: discutindo a relação"

 
São Paulo ficou rico à custa do empobrecimento do Brasil? Em seu livro São Paulo, Brasil: discutindo relação, que será lançado dia 28 de março, na Livraria da Vila (Alameda Lorena, 1341), Walter
Feldman responde a esta pergunta de forma fundamentada e, quando possível, bem humorada.

Médico, paulistano da Vila Mariana, Walter Feldman de muitas formas viveu os grandes sonhos e cruciais impasses da cidade e do estado. Foi vereador, deputado estadual, federal, Chefe
da Casa Civil de Mario Covas, Secretário das Subprefeituras do então Prefeito José Serra e,atualmente, Secretário Municipal de Esportes.

Mas foi como deputado federal em Brasília que pôde melhor perceber um certo sentimento de admiração e mágoa do resto do país em relação a São Paulo. Deste sentimento parte o livro, mas, para provar o quanto ele é infundado, o autor faz uma longa viagem pela curiosa história deste estado por mais de 300 anos esquecido para terminar mostrando o quanto ele foi-se tornando o berço da modernidade social, econômica, política e educacional do Brasil, sem esquecer de mencionar os duros preços que, especialmente na capital, hoje paga pelo seu protagonismo.

Mas a conclusão é otimista e fraterna à imagem e semelhança de uma cidade que sempre se manteve de braços abertos para todos os povos e nos momentos mais delicados de sua história.

Edição do autor, o livro tem 144 páginas finamente ilustradas com fotos e gravuras que são verdadeiras metáforas dos diferentes momentos da história do estado.

Fonte: IE

Homenagem ao Ministro Luiz Fux na Beit Leblon

segunda-feira, 21 de março de 2011

Museu Guggenheim em Abu Dhabi, Emirados Árabes

Mauricio Lima

O artista libanês Walid Raad está liderando um boicote por parte de artistas à nova sede do Museu Guggenheim, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O boicote está sendo estimulado por denúncias de irregularidades contra os operários que estão trabalhando na obra, orçada em R$ 1,3 bilhão.
Divulgação

Segundo um estudo da ONG Human Rights Watch, os operários, em grande parte imigrantes de países como Índia e Paquistão, têm os passaportes confiscados até que paguem taxas ilegais cobradas pelos recrutadores.
Projeto do arquiteto Frank Gehry, o museu será a quinta sede do museu no mundo, juntamente com Nova York, Veneza, Bilbao e Berlim. O novo Guggenheim ainda está em fase de fundações e já teve a data de inauguração adiada de 2013 para 2015, depois que obras foram quase paralisadas com a recente crise econômica.
"Essas violações, que ameaçam manchar a reputação do Guggenheim, são um desafio moral para qualquer artista que trabalha com o museu", escreveu Raad. "Nenhum artista deve expor num prédio construído por trabalhadores explorados."
O abaixo-assinado já teve mais de 130 adesões, entre elas as de artistas  como a iraniana Shirin Neshat, a libanesa Mona Hatoum, o alemão Harun Farocki, a palestina Emily Jacir e o indiano Amar Kanwar.
O museu de Gehry dividirá a ilha com uma filial do Louvre, projetada por Jean Nouvel, outro museu projetado por Norman Foster, um teatro de Zaha Hadid e um aquário do japonês Tadao Ando. Devem ser construídos também complexos imobiliários, hotéis e campos de golfe. Ao todo, as obras devem custar em torno de  R$ 170 bilhões, sendo que deverão sair do papel só em 2020.
Projeto
O projeto de Gehry para o museu prevê uma construção de 320 mil m², tornando-se a maior sede do Guggenheim no mundo. No museu, terão coleções permanentes, galerias para exposições especiais, um centro de arte e tecnologia, salas de aula, arquivos, biblioteca, centro de pesquisa e um laboratório de conservação de obras de arte.

Fonte: aU

Cientistas dizem ter encontrado a cidade perdida de Atlântida

Ruínas foram localizadas no sul da Espanha por geólogos e arqueólogos.
Cidade teria sido varrida por tsunami há milhares de anos.

Uma equipe de pesquisadores norte-americanos acredita ter encontrado a cidade perdida de Atlântida. Eles acreditam que a lendária metrópole se localize no sul da Espanha e tenha sido varrida por um tsunami há milhares de anos.

Os arqueólogos e geólogos chegaram à conclusão de que ela fica nos pântanos do Parque Nacional Doñana, a norte de Cádiz. Durante 2009 e 2010, eles utilizaram radares subterrâneos, mapeamento digital e tecnologia subaquática para rastrear o local.
“É muito difícil imaginar que um tsunami consiga entrar 100 km terra adentro, mas é exatamente disso que estamos falando”, afirmou Richard Freund, pesquisador da Universidade de Hartford, à Reuters.
A hipótese é de que os sobreviventes teriam fugido para o interior e construído novas cidades. No centro da Espanha, Freund descobriu uma série de “cidades memoriais”, feitas pelos refugiados à imagem de Atlântida, o que deu mais evidências e confiança aos pesquisadores. Eles pretendem prosseguir as escavações e os estudos na região.
“Encontramos algo que ninguém nunca tinha visto antes, o que dá um reforço de credibilidade, especialmente para a arqueologia, pois faz muito mais sentido”, acrescentou Freund. Ele lembrou ainda que há relatos de tsunamis na região por séculos, sendo o maior registrado o que atingiu Lisboa em 1755.

Fonte:  G1

sexta-feira, 18 de março de 2011

Imprudência diplomática

Mauro Santayana
É preciso romper o silêncio da amabilidade para estranhar o pronunciamento público que o presidente Obama fará, da sacada do Teatro Municipal, diante da histórica Cinelândia. Afinal, é de se indagar por que a um chefe de Estado estrangeiro se permite realizar um comício – porque de comício se trata – em nosso país. Apesar das especulações, não se sabe o que ele pretende dizer exatamente aos brasileiros que, a convite da Embaixada dos Estados Unidos – é bom que se frise – irão se reunir em um local tão estreitamente vinculado ao sentimento nacionalista do nosso povo.
É da boa praxe das relações internacionais que os chefes de estado estrangeiros sejam recebidos no Parlamento e, por intermédio dos representantes da nação, se dirijam ao povo que eles visitam. Seria aceitável que Mr. Obama, a exemplo do que fez no Cairo, pronunciasse conferência em alguma universidade brasileira, como a USP ou a UNB, por exemplo. Ele poderia dizer o que pensa das relações entre os Estados Unidos e a América Latina, e seria de sua conveniência atualizar a Doutrina Monroe, dando-lhe  significado diferente daquele que lhe deu o presidente Ted Roosevelt, em 1904. Na mensagem que então enviou ao Congresso dos Estados Unidos, o  presidente declarou o direito de os Estados Unidos policiarem o mundo, ao mesmo tempo em que instruiu seus emissários à América Latina a se valerem do provérbio africano que recomenda falar macio, mas carregar um porrete grande.
Se a idéia desse ato público foi de Washington, deveríamos ter ponderado, com toda a elegância diplomática, a sua inconveniência. Se a sugestão partiu do Itamaraty ou do Planalto, devemos lamentar a imprudência. Com todos os seus méritos, a presidência Obama ainda não conseguiu amenizar o sentimento de animosidade de grande parte do povo brasileiro com relação aos Estados Unidos. Afinal, nossa memória guarda fatos como os golpes de 64, no Brasil, de 1973, no Chile, e ação ianque em El Salvador, em 1981, e as cenas de Guantánamo e Abu Ghraid.
O Rio de Janeiro é uma cidade singular, que, desde a noite das garrafadas, em 13 de março de 1831, costuma desatar seu inconformismo em protestos fortes. A Cinelândia, como outros já apontaram, é o local em que as tropas revolucionárias de 1930, chefiadas por Getúlio Vargas, amarraram seus cavalos no obelisco então ali existente. Depois do fim do Estado Novo, foi o lugar preferido das forças políticas nacionalistas e de esquerda, para os grandes comícios. A Cinelândia assistiu, da mesma forma, aos protestos históricos do povo carioca, quando do assassinato do estudante Edson Luis, ocorrido também em março (1968). Da Cinelândia partiu a passeata dos cem mil, no grande ato contra a ditadura militar, em 26 de junho do mesmo ano.
Não é, convenhamos,  lugar politicamente adequado para o pronunciamento público do presidente dos Estados Unidos. É ingenuidade não esperar manifestações de descontentamento contra a visita de Obama. Além disso – e é o mais grave – será difícil impedir que agentes provocadores, destacados pela extrema-direita dos Estados Unidos, atuem, a fim de criar perigosos incidentes durante o ato. Outra questão importante: a segurança mais próxima do presidente Obama será exercida por agentes norte-americanos, como é natural nessas visitas. Se houver qualquer incidente entre um guarda-costas de Obama e um cidadão brasileiro, as conseqüências serão inimagináveis.
Argumenta-se que não só Obama, como Kennedy, discursaram em público em Berlim. A situação é diferente. A Alemanha tem a sua soberania limitada pela derrota de 1945, e ainda hoje se encontra sob ocupação militar americana.             Finalmente, podemos perguntar se a presidente Dilma, ao visitar os Estados Unidos, poderá falar  diretamente aos novaiorquinos, em palanque armado  no Times Square.

Fonte: Email recebido de Simoni Luz
          Jornal do Brasil

Humanidade entrará em decadência sem energia atômica, diz especialista em engenharia nuclear

Arie Dubi, do Departamento de Engenharia Nuclear da Universidade Ben Gurion, em Israel, afirma que uma histeria coletiva foi criada em torno da indústria nuclear após o caso japonês. Segundo ele, a Humanidade entrará em decadência sem energia nuclear.

A mídia está superestimando a crise nos reatores em Fukushima?
ARIE DUBI: Sim. Uma coisa: quantas pessoas morreram por causa dos problemas nos reatores? Nenhuma. Quantas pessoas vão morrer? Muito poucas. Menos de 5% da quantidade das que morreram com o terremoto e o tsunami, e isso em 20 anos. O exagero, a "catástrofe", acontece na cabeça das pessoas, não na realidade. Não vai haver mais um Chernobyl.

Mas e a radiação?
DUBI: Há radiação, realmente. Mas radiação é parte da natureza, somos afetados o tempo todo. Ela pode também salvar vidas: milhões vivem hoje por causa dos tratamentos contra o câncer, mesmo recebendo muito mais radiação. Vejo um medo histérico em relação ao Japão. A catástrofe já aconteceu: terremoto e tsunami.


Mas não haverá mais vítimas afetadas?
DUBI: Imagino que, na pior hipótese, haverá 50 ou 100 casos de doenças nos próximos dez anos.


O senhor apontaria erros dos japoneses?
DUBI: Pelo que sei, não cometeram erros. Fizeram tudo certo, mas as circunstâncias são insuportáveis.


Mas quanto à lentidão nas tentativas de esfriamento das usinas?
DUBI: Quando uma usina nuclear falha, os técnicos precisam de eletricidade para esfriá-la. A hipótese é a de que sempre haverá eletricidade, ou de geradores ou de outras usinas. O problema é que, nesse caso, a tsunami estragou tanto os geradores como as outras usinas. E a rede elétrica também ficou debilitada. Pode ser que, se os japoneses esqueceram algo, foi de levar isso em consideração.


O senhor é contra a busca de outros tipos de fontes de energia que não a nuclear?
DUBI: Claro que não. Toda fonte alternativa de energia é benvinda. A solar é ótima, a eólica é excelente. O problema é que elas não são suficientes. Todas elas não nos darão mais de 30% da energia que precisamos. Neste momento, só a energia nuclear pode suprir a Humanidade.


Mas ela é uma boa alternativa?
DUBI: Essa não é a questão. O problema é que não temos outra opção. Todos os conflitos de agora no mundo árabe são ligados à energia, porque os preços dos alimentos subiram, resultado justamente do aumento do preço da eletricidade. Se continuarmos assim, vamos chegar à Terceira Guerra Mundial. Para os críticos, eu digo: desenvolvam outras formas de energia, mas saibam que elas não serão suficientes, pelo menos neste momento.


Qual a solução?
DUBI: É produzir energia nuclear da maneira mais segura possível. E lidar com isso de maneira racional. Não com medos histéricos.


O senhor recomenda algum modelo de usina?
DUBI: Existem modelos qualificados de "seguros de forma inerente". Parte do que está acontecendo em Fukushima nunca aconteceria a eles, que são imunes a fusões de seus reatores (meltdown). Para que haja meltdown, a usina precisa chegar a uma temperatura específica. Nunca esse tipo de usina chega a essa temperatura. O aquecimento é limitado e o esfriamento é rápido, mesmo que não haja água. Já existe uma usina dessas em fase de demonstração na Alemanha.

Fonte: IE

É possível construir uma usina nuclear à prova de desastres?



Ninguém quer uma nuvem de partículas radioativas assassinas voando pelo mundo. Isso já aconteceu uma vez (Chernobyl) e as pessoas estão morrendo de medo que aconteça de novo, agora no Japão.  Desde o acidente fatal em território soviético, os reatores atingiram níveis de segurança muito maiores — mas isso é seguro o bastante?

Sim, a situação em Fukushima é tensa e a sensação é que ela está ficando cada vez pior, mas os reatores japoneses eram uma obra-prima da engenharia quando foram construídos. A boa notícia é que já existem usinas nucleares no mundo levemente menos suscetíveis à danos desse tipo. A notícia ainda melhor é que as próximas usinas serão ainda mais seguras. Grande parte do foco de desenvolvimento e pesquisa à respeito de energia nuclear é em segurança, e isso é algo bom — a energia nuclear precisa desse tipo de foco.

Os reatores operacionais mais avançados do mundo, chamados de terceira geração, começaram a surgir no Japão em 1996 (infelizmente, quase uma década após o mais recente reator de Fukushima Daini entrar em ação) e foram criados para resistir a um arsenal, seja ele criado pelos homens ou pela natureza.

Quando essas estruturas nucleares atualizadas são colocadas contra, por exemplo, o impacto direto de um avião, ela vence. Na realidade, o avião não teria nem uma chance nesse embate. A estrutura também se sai melhor contra terremotos e tem sistemas simplificados que faz o reator ser menos suscetível à problemas operacionais, como os que estão acontecendo atualmente. As atualizações de segurança nos novos modelos, em geral, são passivas: eles implementam sistemas para “coletar núcleos”, desenhadas para conter colapsos em larga escala; eles confiam em convecção, gravidade e resistência para conter altas temperaturas em vez de focar em outras questões que podem falhar, como por exemplo a energia.
Vários problemas que o Japão está tendo que enfrentar nos quatro reatores já foram corrigidos. Na realidade, existem apenas quatro reatores nucleares da próxima geração funcionando, e todos estão no Japão. Claro, Taiwan também está trabalhando nas mesmas atualizações japonesas — que são chamados de reatores avançados de água fervente — e os EUA já licenciaram o design, mas considerando o que é melhor para o mundo, esse novo formato não é o que há de mais novo em termos tecnológicos. Lembre-se, o Japão fez seu primeiro modelo no meio dos anos 90.

A China está investindo no reator AP1000, que é considerado da geração III+, ou a versão de luxo das novas usinas de energia. No caso de um cano de arrefecimento estourar, esse reator cuida do problema sem a necessidade de intervenção de operadores, bombas ou alimentação de energia. Se a temperatura subir demais, a gravidade funila a água que fica num tanque no topo do reator para esfriá-la. É um dos casos, como já citamos, em que o sistema passivamente atenua os problemas mais graves.

Há uma série de outros reatores que buscam a mesma ideia. O Kerena, na Alemanha, tem um apanhador de núcleos que faz com que o combustível nuclear mais perigoso fique selado e seguro caso algum colapso aconteça. O ACR, que atualmente aguarda as certificações finais para construção no Canadá, tem dois sistemas independentes para desligamento automático, além de outros sistemas de segurança inteligentes. Na próxima década, caso não sejamos dominados pelas preocupações atuais, veremos ainda mais avanços tecnológicos.

Ao mesmo tempo, empresas e governos de todo o planeta estão pensando em conjunto um futuro bem distante. Mesmo com a terceira geração de reatores aumentando os padrões mínimos, o quarto passo terá um redesenho completo. O urânio será trocado por urânio empobrecido e o sódio ou o hélio podem ser substituídos por água como agente resfriador.

Caminhando ainda mais pelo horizonte do futuro encontramos o reator de ondas desenvolvida pela Intellectual Ventures, empresa de Nathan Myhrvold. Esse reator funcionaria sem urânio empobrecido, mas a ideia ainda está engatinhando. Eles ainda estão avaliando o interesse de governos e empresas para licenciar o design, já que eles não pretendem construir o reator com as próprias mãos.

Novas tecnologias precisam de tempo para serem implementadas. Como você deve imaginar, há uma infinidade de burocracias regulatórias para conseguir construir ou aprovar um novo desenho de uma usina nuclear. E se os padrões de segurança já são atualmente altos, eles só tendem a ficar mais restritos ainda após os eventos recentes.

Os quatro reatores de água fervente da usina nuclear de Fukushima Daini foram construídos em 1982, 1984, 1985 e 1987, respectivamente. São construções da segunda geração com algumas atualizações (ou basicamente estão no mesmo nível do que encontramos atualmente na França ou nos EUA). Eles foram construídos diretamente em rochas, o que os torna mais resistentes à terremotos; e os edifícios têm forma de quadrados, formato comprovadamente mais resistente em situações de movimentações terrestres.

E por dentro: o material radioativo fica envolto em pelotas de cerâmica que o protegem de corrosão e calores de até 3 mil graus Celsius. Trezentos e sessenta dessas pelotas são então seladas em um tubo de metal a 4 metros de profundidade, que é capaz de resistir a temperaturas de 2.200ºC. Em seguida, há o vaso de pressão, uma barreira de metal com 15 centímetros de espessura que guarda o núcleo do reator, que ainda é coberta por um vaso de contenção primario, que tem mais 4 centímetros de espessura. As paredes de concreto externas — a quinta camada de proteção ao redor do reator — têm 1,5 metro de espessura. A combinação coloca os reatores entre as instalações mais bem protegidas do mundo. As cinco camadas compõem o contêiner, algo que não foi visto no caso de Chernobyl — e algo que impede o que as pessoas mais temem, um vazamento em larga escala.

Quando agitações de solo acontecem, e os detectores sísmicos do reator registram qualquer situação acima de 5.0 graus, ele automaticamente se desliga ao inserir uma haste no núcleo para parar a fissão nuclear. Isso aconteceu no Japão. A água deveria continuar circulando mesmo após o terremoto para manter o combustível em temperatura baixa, mas por conta de uma queda de energia também causada pelo tremor, o sistema falhou. É por isso que locais como Fukushima instalam geradores reservas de diesel para pulverizar as hastes com resfriamento. Isso chegou a acontecer por uma hora, até o tsunami atingir o local e acabar com os geradores. Após o tsunami, o sistema de segurança número três, que converte o vapor gerado pelo núcleo criado quando ele evapora a água de arrefecimento de volta à água, para segurar o superaquecimento, funcionou perfeitamente. Infelizmente, ele teve que trabalhar por muito tempo: o nível de água caiu, e as hastes voltaram a esquentar. Neste momento, A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio tentar manter o controle sobre o aquecimento.

A falha de três escalas nos reatores de Fukushima Daini não aconteceriam na próxima geração de usinas. O fato de testar algo que nós considerávamos uma obra-prima da engenharia, é um lado positivo — se é que existe algum — no desastre atual. As lições aprendidas em Fukushima nos ajudarão a criar novos reatores ainda mais seguros no futuro. Se até lá ainda estivermos vivos


As usinas mais seguras



Taiwan planeja um reator avançado de água fervente (ABWR) com sistema de resposta à terremotos mais moderno e contenção de refrigeramento passiva. Ele também terá sistemas externos de recirculação, o que simplificou seu design.



A China começou a construção do primeiro reator da Westinghouse, o AP1000, em 2009. O país acredita que seu reator da terceira geração terá aumento de 100% de segurança se comparado aos modelos de segunda geração, graças ao sistema de operação mais simplificado e medidas passivas de segurança.



O Advanced Power Reactor 1400 (APR1400) tem data para início de operações em 2013, na Coréia do Sul. O reator terá sistemas de segurança completamente atualizados, como maior resistência à terremotos por conta do desenho da instalação, e a versão européia terá apanhadores de núcleo para situações improváveis de colapso total.


Fonte: IE

As nuvens de arco-íris do Everest



São poucos cenários do mundo mais impressionantes do que o monte Everest — principalmente se você encontrar essas improváveis e belíssimas nuvens de arco-íris. Clicadas pelo fotógrafo Oleg Bartunov em uma viagem recente ao Himalaia, o fenômeno é resultado da luz refletida em minúsculos cristais de gelo no vapor da nuvem.

Fonte: IE

segunda-feira, 14 de março de 2011

O que é fissão nuclear?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fiss%C3%A3o_nuclear

Como funciona um reator nuclear

http://pt.wikipedia.org/wiki/Reator_nuclear

Escritório americano vence concurso de arquitetura para o centro cívico e esportivo de Shenyang

Valentina Figuerola

O escritório de arquitetura norte-americano Emergente, chefiado pelo arquiteto Tom Wiscombe, foi anunciado o vencedor de um concurso de arquitetura para o centro cívico e esportivo de Shenyang, no nordeste da China. Com 123 mil m², o complexo abrigará um centro cívico, equipamentos esportivos (basquete, futebol, tênis e vôlei) e arenas para taekwondo e natação. Situado no centro da cidade, junto ao Parque Zhongshan, o complexo será sede dos Jogos Nacionais de 2013.
Divulgação: Emergente

Um dos destaques do projeto, a arena de natação, situada a oeste do complexo, tem as fachadas revestidas com ETFE (etileno tetrafluoretileno), a mesma resina leve a translúcida que foi empregada no Water Cube, o Centro Nacional de Natação de Pequim, projetado pelo escritório australiano PTW-Peddle Thorp and Walker para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Na arena de natação de Shenyang, as membranas de ETFE configuram grandes bolhas translúcidas que emolduram a vista do parque e da cidade.  As formas orgânicas das membranas são reproduzidas nas fachadas de alumínio e nos painéis solares que compõem a cobertura do edifício, cuja forma escultural foi viabilizada por treliças metálicas. O acesso à construção se faz por passarelas ligadas a uma grande praça pública.
Divulgação: Emergente

Divulgação: Emergente

Divulgação: Emergente

Divulgação: Emergente

Fonte: aU